As eleições municipais se aproximam, nas quais a população escolhe quem serão os próximos prefeitos, vice prefeitos e vereadores, mas a pergunta que não deveria calar, se cala e votamos, outra vez, como quem emite um cheque (em branco) sem se dar conta de que não sabe, sequer, qual produto comprou com o cheque.
A democracia é linda. Sua existência trouxe a possibilidade do povo escolher quem tomará as decisões mais importantes na Pólis (cidade), pelo menos durante o tempo em que perdurará o seu mandato. No entanto, toda beleza envolvendo esse processo, não garante que os "escolhidos" farão de fato o que precisa ser feito, pois não nos foi informado - e nem nós perguntamos - qual seria a linha de ação traçada pelo nosso representante eleito, pelo voto popular, seja no Legislativo ou no Executivo.
A pergunta que intitula este texto precisa ser feita. O candidato precisa mostrar os motivos pelos quais se considera capaz de representar as pessoas e assim merecer o poder que lhe será concedido pela via do voto. Se a simpatia, o carisma, não vier acompanhado de outros atributos, qual o resultado terá a sua atividade política, remunerada pelos impostos pagos pelo povo? Está é outra pergunta que precisa ser feita, mas falaremos disso oportunamente também.
Contudo, se o eleitor não fizer o seu papel e fazer as perguntas que precisam ser feitas, as escolhas serão sempre as mesmas e efetivamente, não se pode exigir mudanças se o ambiente e a conduta, continuam os mesmos.
Tem muito a se discutir. O mundo novo requer pensamentos e ações em sintonia com a nova dinâmica e, na política, não será diferente. Ao contrário, se as respostas que todos precisamos não vierem do ambiente político, teremos percebido que a pior crise vivida no país e no mundo, não serviu para nada, se não impor sofrimento a quem perdeu entes queridos e deixar os pobres ainda mais pobres.
Diga o que tem em mente para o futuro, com argumentos compatíveis e assim considerarei se merece ou não o meu voto!
Carlos Quartezani