terça-feira, 14 de maio de 2024

Reconhecimento

Não fossem as paixões políticas, que mantém considerável parcela da população distante da razão, estaríamos celebrando nas redes sociais a grande quantidade de recursos públicos direcionados ao Rio Grande do Sul, por conta da histórica tragédia.

Seja por via de emendas parlamentares, créditos especiais, perdão de dívidas, empréstimos a longo prazo etc. se houver uma boa gestão, logo, logo o Estado se recuperará e servirá de exemplo para todo o país, sobre a importância de se planejar adequadamente para novas tragédias semelhantes. 

Por derradeiro, a notícia de que o banco dos Bric's vai liberar mais de 5 bilhões de reais para o Rio Grande, banco presidido por uma gaúcha e ex presidente da República, fecha a enxurrada de boas notícias que, como eu disse no início, é ofuscada por um comportamento inadequado de parte da população, que não consegue se livrar de um mal que só atrapalha o país. 

Despertai!

Carlos Quartezani

terça-feira, 7 de maio de 2024

O sujo criticando o mal lavado

A tragédia no Rio Grande do Sul, mais uma para ser bem verdadeiro, provocada indiretamente pela visão equivocada do que seja desenvolvimento em todo mundo, tem um ingrediente que não pude deixar de observar e que destaco aqui nas minhas mal traçadas linhas.

Não preciso sequer ser um "ecochato" para saber que tudo isso que está acontecendo tem relação com a ganância, com o mundo cujos habitantes têm certeza que se não destruí-lo, não será próspero. Uma conta que obviamente não tem como fechar. Esperam gozar o dinheirinho aonde, em Marte? Se bem que se forem prá lá, logo Marte também não terá muito tempo de existência. 

Mas voltando a um outro aspecto que percebi e que talvez muitos não tenham se atentado, é o nível de hipocrisia das pessoas (da esquerda brasileira), criticando de maneira violenta o governador neo-liberal do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Pelas palavras desses loucos, o culpado é o governador que na concepção deles, representa os assassinos do meio ambiente gaúcho, a saber, os neo-liberais.

Embora eu concorde que o Brasil e o Mundo necessitam rever seus conceitos no que diz respeito ao desenvolvimento, não posso me calar diante do absurdo que é ver a esquerda falando como se fosse o arauto da razão, tendo permanecido no poder, no governo central, por 16 anos e não fez absolutamente nada para conter a sanha capitalista.

Muito pelo contrário, seus ícones, sobretudo, chafurdaram na lama e de 4 em 4 anos com a ajuda (milionária diga-se de passagem) dos seus marqueteiros "top de linha", se travestem de amigos do povo para continuar a ignorar o meio ambiente. 

O único objetivo é continuar no poder, custe o que custar!

Abaixo essa hipocrisia que assola o país e que agora também afunda cidades, ou melhor, um Estado inteiro, por conta de um comportamento de pessoas que se recusam a se valer da razão, porque ela não se converte em votos. 

Se o político brasileiro não mudar e passar a fazer o que é preciso, tendo sabedoria para fazer com que o povo entenda isto, não sobrará pedra sobre pedra.

Carlos Quartezani - 07/05/2024

terça-feira, 30 de abril de 2024

Somos quem queremos ser

Hoje, na mídia estadual, a nossa Secretária Municipal de Cultura e Turismo, Ana Angélica Valpassos Motta, apresentando um dos projetos dos quais é a coordenadora, pelo Instituto Vale, na Serra-ES. 

O governo municipal de Conceição da Barra-ES, com Chico Donato (MDB), de 2001 a 2004, demonstrou ser possível fazer muito com pouco e ainda revelar grandes talentos. 

Parabéns Ana Angélica, show de bola! 

Carlos Quartezani - 30/04/2024


segunda-feira, 29 de abril de 2024

A (má) qualidade do Parlamento

Não se pode colher tomates, se plantou alface. É óbvio, mas em política isto não parece ser tão óbvio assim. Às vezes é preciso desenhar. 

O que se pode esperar de um Parlamento em que a sua composição foi eleita sem nenhum compromisso com o coletivo, mas baseado em demandas particulares, tais como uma cesta básica, uma botija de gás, a quitação de uma conta de luz, um emprego para o filho e por aí vai... A lista é enorme!

Para ter condições de cobrar alguma atitude dessas pessoas que se colocam à disposição para nos representar, é preciso considerar o que de fato nós estabelecemos como critério para essa escolha.

Se eu votei visando, por exemplo, alguém que as pesquisas informais apontavam que iria ganhar, eu não posso, no futuro (caso este vença) cobrá-lo de nada, afinal, eu não me interessei por suas virtudes ou defeitos, mas simplesmente não quis "perder o voto" já que aquele que eu votaria, não aparecia como favorito nas tais pesquisas. 

Siga sua intuição ao votar. Se por acaso o seu escolhido não vencer, não significa que fez uma escolha errada, mas que agiu legitimamente em sintonia com os preceitos democráticos, ao passo que aquele escolhido que venceu, por meio do atendimento ao interesse particular, não terá nenhum compromisso com o seu representado. O preço do seu voto, foi pago antecipadamente. 

Carlos Quartezani - 29/04/2024

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Paixão só pelo raciocínio

Por mais que procuremos enfatizar a improdutividade da paixão política, levando em conta a notável polarização no país e no mundo, é quase impossível fazer crer que sem ela (a polarização) seja possível encontrar um caminho bom. 

Só para exemplificar, agora falando de nosso país exclusivamente, o que seria das comunicações se não houvesse um governo neo-liberal para desestatizar o setor, já que a esquerda, historicamente e ironicamente, odeia a privatização, que em tese deixa livre o mercado, mas adora a estatização que em tese, deixa livre o governo?

Se dependesse da esquerda e os adoradores de Marx e Engels, até hoje estaríamos fazendo fila num Orelhão para nos comunicar com alguém à distância. 

Repare que "liberdade" neste caso, fica a critério de quem quer definir o conceito à sua maneira. Um quer ser livre, mas nas mãos do mercado e o outro quer se livre, mas nas mãos do governo. 

Só tem uma solução: Usar as virtudes de ambos e fazer um governo bom para todos; para o povo e para quem emprega o povo. 

Sou do centro político, como já disse outras vezes, porque não posso renunciar ao direito de raciocinar. Se o fizesse, sem dúvida nenhuma seria mais um apaixonado pelo Lula ou pelo Bolsonaro. Deus me livre!

Carlos Quartezani

sábado, 20 de abril de 2024

A jabuticaba

A exemplo da fruta genuinamente brasileira, a jabuticaba, nenhum outro país possui um Sistema Único de Saúde nos moldes do SUS brasileiro. É de fato algo que deveríamos nos orgulhar, independente de nossas preferências políticas. O SUS deve estar sempre acima disso. 

Seja por meio de grandes profissionais da área médica especializada, até o servidor público lotado para fornecer o apoio, sempre que precisei, como foi o caso esta semana, fui plenamente atendido. 

A coerência da profissional da Unidade Básica ao encaminhar meu caso para uma estrutura adequada, o Hospital Dr Roberto Silvares, em São Mateus-ES, associada à competência dos médicos deste último, resultaram num atendimento de excelência, como se fosse um atendimento da rede particular que em tese, é melhor. 

O presente texto é a minha maneira de agradecer a esses seres humanos que atuam no SUS e que nos motivam a acreditar que o nosso país é sim, uma grande Nação em todos os sentidos da palavra. 

O atendimento, para deixar claro, não foi exatamente para mim, mas para alguém que é certamente uma das razões de minha vida, a minha filha!

Carlos Quartezani - 20/04/2024

domingo, 14 de abril de 2024

Líder e articulado

A respeito das características de um bom candidato a Vereador, algumas de fato são indispensáveis. Penso que ser honesto, por exemplo, é um requisito básico e que nem precisaria sequer ser objeto de análise já que a palavra candidato, tem origem no latim "candidus" ou "cândido", que significa, limpo.

No entanto, considerando ser a política um exercício que requer não só conduta moral mas também intelectual, me parece que ter um espírito de liderança associada à capacidade de se articular (a sociedade é plural portanto requer diplomacia sempre), são atributos essenciais a quem pretende realizar uma missão no Poder Legislativo e não somente vencer a eleição. 

O buraco é muito mais embaixo quando se tem um mandato, do que quando é apenas um aspirante a um mandato. 

Carlos Quartezani - 14/04/2024