Estamos há 15 dias das eleições e em Conceição da Barra-ES um impasse está posto: São 5 candidaturas (eram seis antes da desistência de Manoel Pé de Boi) e uma delas - relevante por se tratar de uma reeleição - está, até o momento, indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral.
O candidato indeferido, Chicão, tem todo direito de acreditar que em algum momento, pode ter o seu recurso aceito e assim, ter sua votação validada. Certamente não serão poucos votos, em virtude do trabalho que foi feito por ele e sua equipe, dando continuidade ao indiscutível excelente desempenho do seu antecessor, sobretudo no que se refere a infraestrutura da cidade.
No entanto, o que me levou a escrever o presente texto, é a experiência que tenho na política e por ter já visto antes situações tais como esta.
Como já disse, o candidato a reeleição tem total direito de esperar por um deferimento, estando em campanha. Contudo, se olharmos para trás, saberemos que essa espera pode ser vã e poderá trazer um resultado que para o prefeito, terá sido pior do que agregar a uma outra candidatura, já deferida e com DNA semelhante à sua. Refiro-me ao candidato Toninho de Deus e sua Vice, Mirtes.
Olhando para o passado, as razões podem ser diferentes, mas o indeferimento do então candidato a Deputado Estadual, Mateusão, que culminou na primeira eleição do Deputado Freitas em seu lugar, e do Vereador Cristiano do Cartório, na eleição de 2012, são similares ao que está acontecendo hoje com a candidatura do prefeito Chicão. Pode ser reversível? Pode. Mas, e o preço a ser pago, compensa?
Certamente é uma decisão que não me compete e nem a ninguém, senão aos envolvidos diretamente, porém, entrar numa guerra que pode perder, não é inteligente e como cidadão que o admira e respeita, não poderia deixar de expôr o que penso, ainda que eu possa ser mal interpretado, dado à paixão que a eleição exerce nas pessoas e em muitos casos, impedindo o raciocínio lógico.
O fato é que se a candidatura de Chicão continuar indeferida, seus muitos votos não serão contabilizados e neste caso, a eleição terá sido ganha por quem efetivamente conseguiu o deferimento de sua candidatura. Essa verdade é absoluta e inquestionável e todo eleitor barrense deve estar ciente disso.
No mais, é aguardar e aceitar a decisão soberana do povo no próximo dia 15.
Carlos Quartezani