O controle social, que tem por principal agente o cidadão, é o único mecanismo capaz de assegurar sintonia entre o interesse da coletividade e a ação do representante nas esferas de poder.
O imediatismo, a velocidade que se é exigida em tudo que cabe ao ser humano fazer, impede esse fundamental "controle social" pois demanda participação efetiva e com qualidade.
Não se pode confundir participação com brigas muitas vezes desnecessárias e que dificultam ainda mais encontrar a solução para o problema.
A formação política do cidadão é o fundamento de uma pólis (cidade) bem governada. Quando o que se exige do poder público tem cabimento, está alicerçado no direito que o assiste e tem orçamento que o sustente, é natural que se obtenha êxito.
Contudo, se o absurdo é matéria-prima para o aparecimento de personagens "folclóricos" que prometem o céu na Terra, fica impossível chegar a algum lugar. O absurdo é destaque e ganha muitas curtidas nas redes sociais, logo, o que importa é o absurdo, lamentavelmente.
Acredito que o educador Paulo Freire está correto quando atribuí à educação a liberdade do homem. Ninguém é realmente livre se não sabe identificar o que é melhor para si e a comunidade da qual faz parte e esta faculdade, pertence àquele que busca, através do conhecimento, as respostas para suas perguntas.
A ignorância está nos vencendo, mas ainda há esperança. Educação liberta!
São Mateus-ES, 04/05/2023
Carlos Quartezani