sexta-feira, 18 de julho de 2025

Guerra fria, outra vez?

Nos anos pós 1945, com a vitória da tríplice aliança (EUA, Inglaterra e Rússia) sobre o Eixo do Mal (Alemanha, Itália e Japão), na 2a Guerra Mundial, os EUA e a Rússia iniciaram uma guerra sem armas, uma guerra psicológica, mas que desencadearia muitas tragédias, especialmente na América Latina. A pretexto de combater o "Comunismo", regime adotado pela Rússia e a China, os norte-americanos resolveram sufocar os países que ousassem aderir ao Comunismo. 

Foi assim que surgiu os embargos ao pequeno país situado no mar do Caribe, a poderosa (só que não) Cuba. Com a revolução que ascendeu o comunista Fidel Castro ao poder, os norte-americanos decidiram isolar o país impondo um total fechamento do comércio entre os dois países, restando a Fidel viver conforme suas próprias forças com o auxílio da Rússia. 

Não pretendo aqui explorar tudo o que aconteceu nesse período até os dias de hoje. Não seria possível nem que eu fosse o gênio da escrita. Mas o que quero alertar é que o mundo de hoje é outro e os EUA não têm mais a relevância que tinha no pós-guerra e querer sufocar a economia de um país como o nosso, vai ser um tiro no próprio pé. 

Que os brasileiros compreendam que essa luta é do povo brasileiro e não de quem está no governo neste momento. O ideal é esquecer seu político de estimação e olhar para o que mais importa que é a soberania e os nossos produtos. Caso estes produtos não interessem aos norte-americanos, taxando-os de maneira absurda, a outras Nações devem interessar. 

Pode não ser tão simples como eu tento passar aqui com essas palavras, pois não sou especialista em relações de comércio internacional, mas mais complicado é ser chantageado e não reagir à altura. 

Viva o Brasil!!!

Carlos Quartezani

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Competir não, vencer!

Eu não saberia dizer em que momento nos perdemos, mas é certo que nos perdemos e o pior é que não temos noção do quanto nos perdemos e muito menos aonde está a saída. 

Estou me referindo à tal competitividade que tem nos tragado diurtunamente para o abismo e digo sempre "abismo" porque nenhuma outra palavra melhor me ocorre, para esse mundo que vivemos hoje. 

Tudo é disputa. Quando vence, é um herói; quando perde, é um inútil. E assim caminha a humanidade, ou pelo menos a humanidade brasileira. 

O fenômeno está em todas as áreas da vida e citá-las necessitaria algumas páginas e como a minha proposta aqui é ser sucinto, vou me ater ao esporte, mas destacando que vale para "todas as áreas da vida".

Aqui vai alguns exemplos: Quando o time do coração vence uma partida de futebol, a euforia é de como se fosse a final do campeonato; quando perde, o time cai no limbo. Se o mesa-tenista Hugo Calderano vence uma partida histórica, é ovacionado; quando perde a final para o melhor do mundo, não vale quase nada. Se João Fonseca sobe várias posições no ranking mundial de Tênis, não tem valor algum pois foi desclassificado na terceira rodada de Rolland Garros, na França. 

Enfim, para os brasileiros de hoje só resta a glória ou o limbo e o pior é que não é só nos esportes, é em quase tudo!

Não digo que estou pregando aqui um culto à derrota. Não, não se trata disso. Mas é sobre como tentar valorizar as pessoas e o seu talento, tendo chegado tão longe sobretudo num mundo onde a competitividade ganhou contornos tão desumanos. 

É vencer ou vencer. O que passar disso, é o fim da pessoa e toda a sua dedicação para chegar tão perto do objetivo. Definitivamente, não está certo. 

Escolhi os esportes para abordar o assunto, porque é onde percebo a maior incidência desse fenômeno. Nada que não for a vitória, interessa. E com o auxílio das redes sociais, ficou muito mais fácil destilar ódio àqueles que não venceram e portanto não merecem nenhum respeito ou um amor incondicional e absurdo, àqueles que venceram mesmo que por meios pouco ou nada nobres. 

Não tenho formação específica em sociologia, psicologia ou outra ciência que estude o indivíduo ou a sociedade, mas me atrevo a escrever com base no que observo. E o que observo está muito mais para um mundo próximo de uma virada, dessas narradas pela Bíblia como o grande Dilúvio anunciado por Noé.

Carlos Quartezani

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Revisão de conceitos

Estamos vivendo um tempo em que a nossa experiência de vida (digo nós que chegamos na idade do "enta"), se utilizada com sabedoria poderemos contribuir muito para essa, digamos, "desafiadora" geração e suas certezas sobre todas as coisas. 

Não tem lugar de fala para quem não quer dizer o que "todos querem ouvir". O que se diz e não é o que se quer ouvir, é motivo de cancelamento além dos impropérios comuns típicos de quem não tem argumento e se tem, não quer argumentar.

Precisamos mais do que nunca ser autênticos, abdicar de modismos e sermos quem somos. Do contrário, seremos engolidos por uma estupidez que não combatemos, por receio de sermos considerados "ultrapassados". 

Não, o bom gosto, a coerência e o amor nunca saem de moda e se abrirmos mão, principalmente por medo de não sermos aceitos, o caos já está estabelecido. 

Se estar na moda for, por exemplo, prender um humorista por suas piadas sem nenhuma graça, com o argumento de que o tal foi preconceituoso em sua manifestação artística (para quem não sabe, refiro-me ao humorista Léo Lins condenado a prisão por racismo e outros ismos), que país é este? Democrático não é, afinal o Estado que prende alguém por se manifestar artisticamente, não é o Democrático de Direito, mas a ditadura. 

Enfim, tá chato isso e muitas outras coisas que vem acontecendo e nós, ou aderimos por que não queremos ficar "fora de moda", ou fazemos cara de paisagem, como se este abismo não fosse nos sugar também. 

Pensem nisso e descubram como podemos, cada um de nós a seu modo, contribuir para não permitir que a ignorância saia vencedora, como quase sempre foi.

Deixe que a vaia puna o artista de mau gosto e se tem alguém que goste do "mau gosto", que seja livre pra se expressar. 

Carlos Quartezani

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Profissional reborn

Eu prometi a mim mesmo não focar no assunto do momento, aliás, são muitos assuntos pois estão se reproduzindo feito coelhos, mas refiro-me especificamente aos "bebês reborn", ou seja, bonecos tratados como humanos. 

Ao avaliar o absurdo do ponto de vista comportamental, que inclusive remete a algum tipo de transtorno mental, verifiquei que pode estar se espraiando para as profissões, cuja natureza é buscar soluções e não confundir ainda mais nosso pobre povo brasileiro. 

Ocorre que por meio de uma notícia de jornal, fiquei sabendo que foi levado ao Tribunal de Justiça do Trabalho uma demanda na qual uma funcionária de uma determinada empresa exigiu (e não conseguiu), uma licença maternidade para se dedicar ao seu "bebê reborn". Como eu disse antes, um boneco com características humanas, que ela tem como um filho. 

Veja, eu nem vou entrar muito nos detalhes porque não tenho dúvida tratar-se de um caso para a psiquiatria. Espero que alguém convença a moça a procurar ajuda, pois está precisando. Mas o que quero destacar é ela ter encontrado um profissional da Advocacia, para patrocinar esse descalabro. 

O referido caso, além de ser um claro sinal de que algo está muito fora da ordem na nossa sociedade, também chama atenção acerca dos limites que devem ter os representantes das mais diversas profissões, dentre as quais, destaco a Advocacia. 

É inconcebível que um profissional operadordo direito, ainda que tivesse muito dinheiro envolvido, possa levar um caso como este para o Estado brasileiro arbitrar, como sendo um "direito trabalhista" a ser pleiteado. Que mundo é este minha gente?!!

Chegou a hora de alguém estabelecer limites para o exercício de diversas profissões que têm, sobretudo, o papel de preservar uma certa ordem no convívio social. O papel de manter a ordem e o progresso é do Estado, mas inclui também o cidadão e as profissões que estes exercem.

Uma reflexão sobre os limites de um Advogado no exercício de sua função, em casos como este e em muitos outros casos, requer urgência e não tem nenhuma relação com liberdade do exercício da profissão, mas etica!

Se houver alguma vontade de que esta valorosa profissão volte a ter o respeito que tinha na sociedade (acho que as críticas são muito claras), começa pelo gesto de repudiar tais ações. O absurdo dos absurdos não pode prosperar.

O Estado brasileiro não pode estar se ocupando com demandas que não tem cabimento mínimo, como é o caso dos "bonecos" cujos proprietários querem direitos como se fossem humanos. Além do problema envolvendo a sanidade mental temos um claro problema de ética profissional, que ao meu ver, é pouquíssimo explorado nas faculdades de direito Brasil afora. 

Carlos Quartezani

domingo, 25 de maio de 2025

A ignorância mata

O nosso país não avança por causa da cultura do "quanto pior, melhor". A oposição, seja quem for que esteja no poder, torce para tudo dar errado com a mesma força que torce para o time do coração. Uma estupidez que não tem tamanho.

No nosso Estado, por exemplo, como não reconhecer a capacidade de políticos como Paulo Hartung e Renato Casagrande? Alguém chega tão longe na política, do nada? No entanto, para muitos onde cabe um, o outro não cabe; o que um apoia, o outro rejeita; nunca se escuta "o que foi dito", mas "quem disse" e por aí vai nossa trajetória rumo ao abismo...

Reconhecer o valor do outro, é algo bem desafiante na nossa cultura. Seja na política, na arte ou em qualquer outra área. Antes era explicado por meio do "complexo de vira-latas", hoje ganhou o ingrediente da mediocridade política. 

O sucesso do ator Wagner Moura, o baiano que vem brilhando no cinema internacional já há algum tempo e que inclusive ganhou o Cannes desse ano como melhor ator, é insultado de todas as formas nas redes sociais por conta de seu ativismo político. É muita ignorância mesmo...

Não é atoa que nunca conseguimos um Nobel de Literatura, orgulho que tem os colombianos, chilenos, argentinos e algum outro país sul-americano que não me recordo agora... como já disse alguém, o brasileiro tem pós graduação em assassinar seus heróis. 

Carlos Quartezani

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Ouro de tolos

O suposto envolvimento do atleta do Flamengo, Bruno Henrique, indiciado pela Polícia Federal por que teria forjado situação para receber um cartão amarelo, em partida realizada pelo Campeonato Brasileiro em 2023 e assim, manipular jogos de apostas on line, escancara um câncer moral que não pára de crescer, que em metástase, atinge todo o tecido social dos tempos modernos. 

Qual a necessidade tem um jovem rico, que joga no futebol profissional num dos maiores Clubes da América Latina, em participar de algo que pode, caso seja comprovado o ilícito, levá-lo a uma punição severa e certa, já que a didática do ato de punir é justamente para que não se cometa o erro de novo, por ele ou por outros?

A investigação aponta que o jogador teria sinalizado a uns familiares que receberia o cartão amarelo e respectiva expulsão, na partida contra o Santos, clube paulista, atitude que desencadearia premiações aos apostadores que assim se posicionassem no jogo de apostas. 

Os valores, segundo as informações obtidas na imprensa esportiva, eram irrelevantes se comparado ao salário que o atleta recebe no Flamengo. Uma forte razão para que os debates acerca da ética, neste e em muitos outros casos que nos assombram especialmente nos dias de hoje, sejam seriamente travados e com urgência inegável. 

Existe um limite para o hábito de querer levar vantagem financeira em tudo, mesmo em situações inegavelmente desnecessárias?

É preciso destacar, claro, que ser indiciado pela Polícia, seja Federal ou não, não é sinônimo de ser culpado. O direito de se defender, um princípio constitucional, vale para qualquer cidadão brasileiro. No entanto, o que pretendo abordar aqui e o caso se revela emblemático, é a importância da sociedade como um todo atentar para esses casos que tornaram-se recorrentes, num tempo em que o "ter" virou regra absoluta e o "ser" apenas uma ladainha de quem parece viver no reino de Nárnia ou na Terra do Nunca, dos clássicos filmes infantis.

Algo precisa ser feito para que a geração atual e futuras, compreendam que ser ético é um fundamento elementar para uma vida social plena. Do contrário, o fundo do poço é logo ali.

Carlos Quartezani

terça-feira, 15 de abril de 2025

Tá difícil demais

Não sei quanto a vocês mas eu estou desanimado com a forma que os representantes dos Poderes do momento, estão confundindo GOVERNAR com tentativa de convencer que estão governando. É patético!

A sensação que tenho é que estamos vivendo uma era em que não importa se tem governo ou não, mas se os posts nas redes sociais estão tendo "curtidas" e "compartilhamentos" ou não. Não é por aí não, Vossas Excelências! É preciso descer do palanque. 

Não imaginava que o futuro que nos aguardava, na política, seria algo pior do que tínhamos há 20, 30 anos. Não importa para onde eu olhe, não vejo mudanças consistentes mas apenas "influencer's" com mandatos, tentando mostrar o caminho que não leva a lugar algum... complicado, muito complicado. 

A política é para quem tem coragem e não para pessoas que por conta do que captaram com o auxílio do algoritmo, diz ou faz aquilo que vai agradar a pseudo-maioria. Não se fie na Inteligência Artificial. Ela é Artificial!!!

Querem um conselho? Não??? Mas eu vou dar assim mesmo: Façam como a Rede Globo de Televisão com suas novelas "remake" e vasculhe o passado para ter o que oferecer de bom. Na natureza, e na vida, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, mas sem uma alma, como um ser humano pode transformar alguma coisa? 

Como dizia Cazuza e neste sentido ele errou - pelo menos na política - eu não vejo o futuro repetir o passado mas um presente que só se recorrer ao passado, para se ter consistência e resultado. 

Não pensei que pudesse tudo ser tão pior do que já foi um dia. Francamente, que realidade cruel e desanimadora. Deus, tenha misericórdia de nós!

Carlos Quartezani