Estamos vivendo um tempo em que a nossa experiência de vida (digo nós que chegamos na idade do "enta"), se utilizada com sabedoria poderemos contribuir muito para essa, digamos, "desafiadora" geração e suas certezas sobre todas as coisas.
Não tem lugar de fala para quem não quer dizer o que "todos querem ouvir". O que se diz e não é o que se quer ouvir, é motivo de cancelamento além dos impropérios comuns típicos de quem não tem argumento e se tem, não quer argumentar.
Precisamos mais do que nunca ser autênticos, abdicar de modismos e sermos quem somos. Do contrário, seremos engolidos por uma estupidez que não combatemos, por receio de sermos considerados "ultrapassados".
Não, o bom gosto, a coerência e o amor nunca saem de moda e se abrirmos mão, principalmente por medo de não sermos aceitos, o caos já está estabelecido.
Se estar na moda for, por exemplo, prender um humorista por suas piadas sem nenhuma graça, com o argumento de que o tal foi preconceituoso em sua manifestação artística (para quem não sabe, refiro-me ao humorista Léo Lins condenado a prisão por racismo e outros ismos), que país é este? Democrático não é, afinal o Estado que prende alguém por se manifestar artisticamente, não é o Democrático de Direito, mas a ditadura.
Enfim, tá chato isso e muitas outras coisas que vem acontecendo e nós, ou aderimos por que não queremos ficar "fora de moda", ou fazemos cara de paisagem, como se este abismo não fosse nos sugar também.
Pensem nisso e descubram como podemos, cada um de nós a seu modo, contribuir para não permitir que a ignorância saia vencedora, como quase sempre foi.
Deixe que a vaia puna o artista de mau gosto e se tem alguém que goste do "mau gosto", que seja livre pra se expressar.
Carlos Quartezani