domingo, 31 de janeiro de 2021

O Auxílio Emergencial e a eleição no Congresso Nacional

O Auxílio Emergencial manteve Bolsonaro em "lua de mel" com um enorme contingente populacional que não vincula o benefício a um direito, mas à vontade do Presidente. 

Embora o Congresso tenha sido o verdadeiro artífice do "auxílio" (o Planalto queria oferecer 200 reais), os louros foram para Bolsonaro. Agora é diferente. Se os candidatos de Bolsonaro vencerem no Senado e na Câmara, adeus Auxílio Emergencial.

Peça ao Deputado do seu Estado para votar em Baleia Rossi para a Presidência da Câmara e Simone Tebet para a Presidência do Senado Federal e fortaleça a possibilidade de continuar a ter ajuda financeira do Estado para enfrentar a pandemia, enquanto não se tem vacina para todos.

Carlos Quartezani

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Somos todos poetas

A poesia esteve e estará sempre presente, enquanto houver seres humanos sobre a Terra. Não se trata de algo que se aprende por vias metodológicas, com técnicas apuradas e anos e mais anos de dedicação, mas da sensibilidade que permeia a alma humana, ingrediente essencial para a poesia.

Uns permitem aflorá-la abundantemente, daí surgem letras, músicas, pinturas, passos de dança, livros, esculturas, etc... Outros, em menor intensidade, fazem-na conhecê-la por gestos, atitudes e outros sinais que revelam que por mais rude que um ser humano possa parecer, ou quão difícil seja a circunstância, a poesia emergirá de onde menos se espera, como um bálsamo, aliviando e gerando esperança por dias melhores.

O momento vivido hoje por toda humanidade há de despertar com muito mais vigor esse valor humano cujo preço não há moeda capaz de comprar. A poesia é gratuita e sempre será. Basta observar o que comumente não observaríamos caso tudo estivesse perfeitamente normal.


Carlos Quartezani

Blogueiro


"Tenho sangrado demais, tenho chorado prá cachorro, ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro". (Belchior)

domingo, 3 de janeiro de 2021

Alcon, exemplo e orgulho capixaba

A usina de álcool, açúcar e mais recentemente de energia de Conceição da Barra, a Alcon, é um grande empreendimento e motivo de orgulho, não apenas para o povo barrense, mas para o pequenino e surpreendente Estado do Espírito Santo. Localizada às margens da BR 101 norte, a empresa pode ser vista por todos que necessitam trafegar na rodovia, seja a trabalho ou passeio. Cresceu muito e as chaminés de suas caldeiras, podem ser vistas a longa distância.

Sua história, que remonta décadas, certamente deverá ser registrada em livro, a partir do momento em que o seu fundador, Nerzy Dalla Bernardina, entender ser o momento e revelar a todos o seu segredo, embora, todos já saibamos: Trabalho!

No ano de 2020, talvez o mais desafiante de toda a história para o Brasil e o Mundo, a Alcon foi considerada a indústria número 1 do Estado, segundo os critérios da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo, a FINDES. Não é pouca coisa para um empreendimento familiar e que se mantém no mercado há tanto tempo, enfrentando intempéries das mais variadas e imagináveis, sem perder seu norte, seus princípios e sua razão de existir. 

Hoje, com mais de 2.000 empregos diretos e outros tantos indiretos, a Alcon se tornou a responsável por cerca de 60% dos impostos do município de Conceição da Barra-ES, o que significa dizer que a sua presença funciona como se fosse a espinha dorsal de um lugar cuja economia, um dia, foi a Pesca e o Turismo. Hoje, não mais.

Como todo grande empreendimento, sofre críticas mas muitas dessas críticas não correspondem ao que de fato definem a empresa para o município e sua população. 

A monocultura da cana-de-açúcar, por exemplo, está longe de ser o mal propagado por alguns, principalmente se comparado à gigantesca área ocupada por eucalipto. Este sim, ocupante de mais de dois terços do território agricultável.

Se formos considerar o território que é ocupado por cana e o que tem de eucalipto plantado, sem sombra de dúvidas o primeiro ocupa infinitamente menos e gera muito mais emprego, renda e esperança, tanto para o povo barrense, quanto para os vizinhos. Sim, o eucalipto é importante, mas não mais que a cana. Não para nós, povo barrense.

Quem me acompanha pelas redes sociais e se atenta ao que escrevo, sabe que o meu maior e mais sincero interesse é que o município de Conceição da Barra, minha terra querida, supere os desafios e volte a ser um lugar de oportunidades, de vida digna, onde as pessoas possam criar os filhos e mantê-los, sem a necessidade de mudar-se para outra cidade, quando crescem.

No entanto, para que isto aconteça precisamos buscar nos bons exemplos, nas experiências que deram certo, o estímulo e reproduzi-las em todos os outros setores da sociedade, seja no público ou no privado.

É preciso estar atento a tudo o que acontece e procurar reconhecer no sucesso alheio, a maneira certa de agir. As pessoas e empresas que geram emprego, renda e consequentemente dignidade, devem ser reconhecidas e agindo assim, facilitaremos a criação de um ambiente de unidade, em que nossa opinião tenha peso, relevância, diante das eventuais decisões políticas que afetam nossa vida em sociedade. Nos afetam a todos.

O território agricultável de Conceição da Barra está basicamente comprometido com as monoculturas de eucalipto e cana, porém, ao comparar o que uma e outra cultura ocupa e os benefícios que ambas possibilitam à população, não há nenhuma dúvida de que a Alcon, caso deixasse de existir (espero que nunca) nos faria muito mais falta do que a grande companhia de papel e celulose, a Suzano.

Diferentemente da Disa, a outra usina de álcool do Município e que hoje é só saudosismo e um amontoado de sucata, a Alcon brilha intensamente e sua diretoria, que tem a frente Nerzy Dalla Bernardina Júnior, merece os aplausos por estar continuamente avançando em conformidade com os ensinamentos de seu pai, a quem até hoje, após beijá-lo, repete um gesto de quando era criança e que acho muito bacana: Benção pai! 


Carlos Quartezani

Jornalista e micro empreendedor barrense