Muito embora as atividades do Poder público não guarde relação com lucro ou prejuízo, por não se tratar de atividade econômica mas sobretudo social, é mister que suas ações reflitam na qualidade da vida das pessoas na cidade, no estado ou no país.
Toda cidade que tem o seu ponto forte deve sim receber o apoio do poder público neste setor. Não se trata de financiar o desenvolvimento econômico, mas fomentá-lo através de iniciativas que devem estar previstas no orçamento público, aprovado pelo poder legislativo pertinente.
Assim se constrói a parceria dos sonhos, aquela que possibilita que a engrenagem funcione a todo vapor, possibilitando os resultados que a população quer, seja nos investimentos de infraestrutura, educação, saúde e outras demandas, mas também na geração de empregos, permitindo assim que cada um exerça o seu papel nessa tarefa que só pode ser conjunta e jamais isolada, nas costas de um só.
Dinheiro público não dá em árvores. É produto de impostos, portanto, para que exista o dinheiro público é necessário atividade econômica, sem a qual, a sociedade não progridirá e ficará eternamente tentando explicar se o biscoito tostines vende mais porque está sempre fresquinho ou se está sempre fresquinho porque vende mais (peço licença ao gênio que criou a peça de marketing do biscoito em referência).
Para exemplificar, quando o município de Conceição da Barra-ES decide investir nos eventos da estação verão, não pode ser interpretado como um recurso desperdiçado ou um investimento de pouco retorno. O turismo é um grande negócio e é preciso acreditar nisso.
No entanto, tão importante quanto mostrar para a população os benefícios desse investimento, de maneira clara e transparente, através dos números, é incentivar que haja outros parceiros nessa empreitada e assim custar menos para os cofres públicos.
Quando se divide o peso das cargas, fica leve para todos os que têm a função de carregá-las e o benefício deve chegar a todos, de igual modo.
Fica aqui minha proposta de reflexão, tanto para os que compõem o poder público municipal, quanto os demais setores da sociedade. O resultado dessa reflexão pode ser uma saída para essa dependência visceral do poder público para uma atividade que em muitos lugares desse país funciona com independência e muita qualidade.
São Mateus-ES, 27/01/2023
Carlos Quartezani
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