O Poder
Legislativo barrense acertou em cheio ao propor mais uma audiência pública para
tratar do tema segurança no município. Infelizmente, as ausências dos
convidados tais como o prefeito, juiz, promotor, comandante da PM, o delegado
de polícia e os comerciantes locais, foram o ponto, digamos, de insatisfação
por parte da comunidade presente, embora, no caso das autoridades,
justificaram-se o juiz, o promotor e o delegado.
Entretanto,
as presenças do deputado estadual Gildevam Fernandes (PV), do Padre Helder, da
Vice-Prefeita Adélia Marchiori, de professores, líderes da comunidade e alunos
do Ensino Médio, permitiram um debate importante e que se levado a cabo pelas
autoridades, poderemos chegar a algum termo.
Entre os
professores presentes, destaco a professora Eliete Lorencini (foto) que fez um
importante discurso vinculando a insegurança que vive o distrito, com os maus
tratos do governo municipal em relação à educação, seus profissionais e os
alunos, informando por exemplo o absurdo que foi removê-los para o prédio da “cozinha
industrial”, inacabado, oferecendo inclusive riscos a integridade física dos
mesmos.
Como foi
dito por alguns dos que usaram a palavra, segurança requer ações inter-setoriais
envolvendo todas as secretarias municipais e a sociedade, em especial as religiões, sem as quais “troca-se
a lâmpada, sem apurar as razões de sua queima”, como resumiu o vereador Amaury.
Mas é preciso “trocar a lâmpada”, ou seja, providências imediatas precisam ser
tomadas e neste sentido foram citados a necessidade de um destacamento de
polícia para o interior, patrulha nos assentamentos, delegacia da mulher,
câmeras de vídeo-monitoramento, entre outras sugestões que direta ou
indiretamente, tem relação com o esforço concentrado da sociedade, do governo
municipal e estadual, para a busca de soluções.
“Vereadores,
caiam no colo do povo!”, desabafou a professora Eliete percebendo o bom momento
que vive a Câmara de Vereadores na relação com a população, na medida em que
todos, unanimemente, fizeram colocações importantes, tanto do ponto de vista
das sugestões, quanto denúncias que devem (tomara!) ganhar proporções ainda imprevisíveis,
mas que de fato colaborará para a tomada de providências das autoridades
constituídas.
Destaco também o padre Helder que
com muita propriedade falou da insuficiência de políticas publicas voltadas
para o tema, por parte do Governo do Estado, embora reconhecendo pontos
positivos do atual governo; a Vice-Prefeita Adélia Marchiori que com seu
histórico de atuação na educação, sabe da importância da valorização desse
setor no enfrentamento dos problemas de segurança pública; os vereadores cuja
postura parece inclinada à defesa do povo sem a preocupação em desagradar o
Executivo, seja municipal ou estadual; e os alunos do Ensino Médio do Braço do
Rio que fizeram questionamentos relevantes, mas que infelizmente as respostas
só poderiam ser dadas com precisão e legitimidade por autoridades que não estavam presentes.
Quanto ao
único representante do Poder Executivo presente, o sargento Jalmas Greis, este
foi prejudicado por ter sido o último a falar quando poucas pessoas ainda estavam
presentes no recinto; mas procurou responder os questionamentos e críticas
dirigidas ao governo que representa, sem se comprometer com questionamentos que
entendeu ser de competência de outras autoridades as quais não puderam estar na
audiência.
Espero que
a próxima audiência seja o mais breve possível, que aconteça combinando as
agendas das autoridades envolvidas diretamente com o tema segurança pública e
que sua realização não seja como um apêndice da Sessão Ordinária da Câmara,
fazendo com que as pessoas se cansem e se retirem do local como foi o caso na
noite de ontem, mas uma Sessão exclusiva para uma audiência pública da
importância que o tema requer.
http://portalsbn.com.br/es/2014/03/audiencia-publica-no-braco-do-rio-marcada-por-descontentamento-e-desabafos/
ResponderExcluirAudiência Pública no Braço do Rio marcada por descontentamento e desabafos
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