Quem
conheceu a Barra antes das obras de contenção da orla executadas pelo governo
estadual anterior, diria que realmente estávamos fadados ao desaparecimento.
Pelo menos, na parte atingida pelo mar.
No entanto,
com a força popular, o empenho de empresários e o setor político local,
resultou numa fantástica obra que possibilitou a proteção da cidade, sobretudo
sua área histórica que contempla a Igreja Matriz entre outros prédios e residências
que contam sua história, não apenas dos 123 de emancipação política, mas desde
os tempos em que éramos apenas “Barra de São Mateus”.
De fato,
foram R$60 milhões de reais que fizeram com que a esperança voltasse a fazer
parte do vocabulário barrense. Coube ao ex-governador Paulo Hartung, ser o
autor de uma das mais importantes obras de nossa história. Entretanto, é
preciso relembrar que tal investimento, bem como, todo investimento feito por
um governo, requer o acompanhamento e manutenção e esta responsabilidade cabe aos que o
sucedem, pois é obra de governo e não de uma pessoa.
No nosso
caso, o da orla, estamos vivendo um problema – no setor norte – que poderia ter
sido evitado, se o governo atual (e me refiro ao municipal e estadual), tivesse
cumprido o seu verdadeiro papel. Ao governo municipal atribuo o descaso e ao estadual, o olhar insensível por se tratar,
acredito, de uma obra do governo anterior e não é novidade para ninguém que “eles”
não gostam de enfeitar o pavão alheio, preferindo obras com suas próprias
digitais.
Penso que
se não mudarem essa postura e olharem para os problemas enxergando pessoas e o
seu patrimônio conquistado com muito trabalho e dignidade, na corrida de bastão
que é a gestão pública, sairemos sempre derrotados. Espera-se responsabilidade
de quem governa uma cidade, um estado ou um país, e posturas apequenadas pela
vaidade só atrapalham o nosso desenvolvimento, tanto econômico quanto social.
O setor
norte da orla de Conceição da Barra está ameaçado e com ele pousadas e
residências de pessoas que também lutaram pela obra que resultou na
revitalização do centro histórico. Portanto, que nos unamos em favor dessas pessoas
e forcemos o poder público, em todas as esferas, a fazer a intervenção que sem
dúvida nenhuma, requer recursos muito pequenos se comparados ao que já foi
feito pelo governo anterior.
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