As pessoas parecem estar enlouquecendo e ainda bem que temos o contraditório, aqueles que não perderam a capacidade de se indignar e usar seus recursos possíveis para alertar aos outros.
É preciso se indignar, protestar pacificamente em relação a violência, que não só se alastrou, mas tornou-se um expediente normal, justificado, inclusive, pelo conceito equivocado de justiça.
Cidades minúsculas que já viviam uma certa insegurança, passaram a ter furtos, roubos e assaltos como parte da nova rotina. O cidadão, mal orientado, só pensa na possibilidade de obter uma arma "para se defender" e no final, o que teremos, são pessoas já fragilizadas pela realidade presente cometendo crimes, também sob a justificativa de estarem se defendendo.
A arma que alguns podem comprar, fatalmente será mais um objeto a ser roubado pelo criminoso em sua própria casa. Não me refiro a quem realmente precisa ter uma arma, como é o caso de quem vive na zona rural, afastado dos centros urbanos. A Lei já contempla alguns portes de arma. Mas de quem foi levado a perder a fé no Estado brasileiro e decidiu viver como se aqui fosse o "velho oeste norte-americano".
Com suas armas, as pessoas estão sendo estimuladas a praticar vingança justificando ser justiça. Estão errados, violência só gera mais violência e é essa proposta que está colocada subliminarmente na política de armar as pessoas. Mais violência!
Apesar dos problemas, vivemos num estado democrático de direito, onde os conflitos devem ser resolvidos em suas devidas instâncias. Se não houver justiça, existe o "recurso" e por não termos pena de morte, é muito mais difícil cometer uma injustiça em grande escala.
O poderoso chefão, Bolsonaro com suas teses absurdas tem parte nessa violência espalhada pelo Brasil e quem não gostou de minhas palavras, sinto muito mas é o que penso e se não enquadrarmos esse louco o mais rápido possível, a vingança substituirá a justiça e aí, qualquer um de nós pode ser a próxima vítima.
Escrevo na expectativa de que minhas palavras encontrem no bom senso o abrigo necessário, a reflexão e ação, urgentes.
Carlos Quartezani
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