quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Extremo só o amor

Estamos nos últimos dias em que o Brasil está sendo governado pela extrema direita. Sim, extrema pois acredito que no arco ideológico a direita teria uma conduta diferente, sobretudo nas relações com instituições e pessoas.

Para mim, como cidadão, é muito claro que a capacidade para governar requer equilíbrio, temperança e também energia, mas sem perder a ternura e neste particular, nunca houve um registro na conduta do governante que sai.

Em geral as pessoas idolatram aquilo que é espelho e a bem da verdade - além da idolatria não ser algo recomendável, já que somos todos humanos e falhos - as referências políticas de hoje não a merecem e nem justificam. 

Já houve um tempo em que eram merecedores, ao menos alguns, hoje não mais. O ambiente está contaminado por pensamentos e ações não republicanas e confesso que às vezes perco as esperanças de que um dia isso mude.

Política não é guerra, aliás, ela substituiu a guerra. É quando a política falha, que se estabelece as razões para a guerra. Portanto, que possamos aprender, todos, a colocar o País em primeiro lugar e no lugar de torcer para que dê tudo errado, concentremos nossas energias em fiscalizar os Poderes e suas ações e criticando nos devidos fóruns, sem negligenciar a Carta Magna a qual sabiamente, Ulysses Guimarães, dirigiu as seguintes palavras:

"Divergir sim, discordar sim, descumprir jamais"!

Que seja um governo que pela via Democrática possa criar as soluções que o País precisa e além de combater a fome, possa também combater a desesperança, este sim o grande mal a ser combatido.


Carlos Quartezani

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

As regras do jogo

Quem me acompanha sabe que eu sempre defendi a formação política, tanto do candidato quanto do eleitor. Não há outra maneira de discorrer sobre algo ou agir sobre um tema que não tem o mínimo de domínio.

A democracia pressupõe liberdade de escolha mas não está incluso liberdade de ofender, descumprir regras, difamar pessoas e outros absurdos que se observa nas pessoas que acham que isto é democracia.

Não digo isto direcionado a nenhuma pessoa ou grupo especificamente. Digo para todos que ainda não perceberam a urgente necessidade de entender a democracia para que possa, de fato, exercê-la.

Se o indivíduo não aceita ser governado, neste caso específico por vias democráticas, existe no espectro político o "anarquista". Contudo, a prática da anarquia é intolerável numa Nação democrática e aqueles que a aderem, devem estar preparados para as consequências.

Se você acha a política importante e até fundamental para a sua vida e de sua comunidade, o conselho que eu ofereço é que procure entendê-la para assim, contribuir para que possa mudá-la, nos pontos em que você não concorda.

Quer jogar e ganhar, primeiro conheça as regras, do contrário, você vai perder mesmo que eventualmente venha a jogar bem.

Carlos Quartezani

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Pensar é existir

A Autodeterminação dos Povos, um dos princípios de nossa Constituição e que a enaltece enquanto o "documento da dignidade", me trouxe algumas reflexões e que acredito serem parte desse processo da relação do indivíduo com o Direito que vai além da letra.

Como não ficar perplexo com a notícia de que um prisioneiro iraniano foi condenado à morte - pasmem! - NA FORCA e em praça pública, por participar de atos contrários ao sistema dominante no país e que resultou na morte de dois seguranças do governo?

Como um país consegue encarar o outro, naturalmente, com base na Autodeterminação dos Povos e ignorar que o caminho da democracia, embora cheio de defeitos, é muito superior ao do autoritarismo que não dá chance de observar o aspecto humanitário? 

Pensar, logo, é existir e quando se tolhe o pensar, é o mesmo que fazer as pessoas deixarem de existir.

Carlos Quartezani