Se me permitem, acho que as autoridades envolvidas deveriam se debruçar sobre o tema da nova pactuação do acordo de indenização às vítimas do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana-MG.
Tem muita coisa que parece não estar considerada no tal acordo. Até mesmo o termo "acordo" não faz jus ao que ocorreu na última sexta-feira, dia 25 de outubro de 2024, data em que foi assinada a documentação.
Ora, se é um acordo, por que a entidade que representa os atingidos, não participou da mesa? Pode ser que haja uma razão, mas que só contempla o ponto de vista de quem decidiu isto.
Não acho justo que tenha sido direcionada uma quantia ínfima para os indivíduos atingidos - 35 mil reais - com a agravante de que quem já recebeu, por via do primeiro pacto, teve enorme vantagem sobre quem está com o processo pendente na Renova.
Muitos dos quais, pendentes por morosidade de quem analisa o processo e não por parte do requerente, ou seja, aceitaram o acordo, o primeiro, mas foram preteridos.
Vão receber? Não tenho dúvidas que sim, mas não como os outros que já puderam refazer suas vidas ou, pelo menos, melhorá-la.
Falar sobre isto nos jornais ou qualquer outro meio de comunicação, pode ser de suma importância, para uma eventual revisão desse acordo que potencializou o poder político de quem está no poder e deixou a ver navios o cidadão comum, quem de fato sofreu as consequências do acidente ambiental em Mariana-MG.
Carlos Quartezani
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