Não precisa ser muito atento para perceber que os candidatos parecem imaginar que há duas cidades. Para fazer uma comparação "cultural", e assim um melhor entendimento do que digo, estamos entre o axé e o sertanejo.
De um lado, entre os oito pleiteantes, estão cinco identificados com a Sede e os outros três, com o Braço do Rio. Daqueles considerados em condições de disputar, segundo as pesquisas, dois são mais conhecidos no Braço do Rio e um (com o registro indeferido mas na disputa), tem seu eleitorado mais próximo da Sede.
Gostaria de destacar para a população, mais precisamente as pessoas que acompanham o meu trabalho aqui nas redes sociais, é que essa postura dos candidatos, apesar de ser em parte justificada (votos), não é bom para o município. Não se trata de uma eleição distrital, mas municipal e aquele ou aquela que vencer, não deverá ter preferência por esta ou aquela localidade.
O município é um só e não há a menor possibilidade de criação de um novo município, contemplando a região, digamos, mais rural e industrial, do ponto de vista econômico. É pura ilusão acreditar que isto um dia será possível.
No nosso caso, um sustenta o outro, já que a pesca e o turismo, além da Usina Alcon, estão na área comum à Sede e o agronegócio, no distrito de Braço do Rio, além de estar às margens da BR 101, um aspecto importante para a atividade comercial. As duas regiões são importantes!
Eu, na qualidade de "nascido e criado" na cidade que nasceu de um beijo, ou seja, pertencente à Sede de Conceição da Barra, mas consciente da importância que tem o Distrito de Braço do Rio, espero que o eleito, ou eleita, não confunda as coisas e trabalhe visando o todo.
O município é um só, embora distantes geograficamente, Sede e Distrito. Ninguém ganha com preferências entre este e aquele.
Pensar no todo, diga-se de passagem, não é criar factoides para que "sugira" que o gestor enxerga a outra região do município. Não faz sentido nenhum, por exemplo, Carnaval no Braço do Rio ou um Rodeio na Sede mas, explorar adequadamente os valores e a cultura de cada uma das regiões e fazer uma integração inteligente e produtiva, para o município como um todo.
Espero que a luta pelo comando da cidade, não se resuma a uma partida de futebol que quando acaba, só quem realmente ganha são os assalariados do setor, ou seja jogadores e os dirigentes.
Carlos Quartezani
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