A busca por uma vida que faça sentido é talvez a que mais se aproxima do fundamento da tal felicidade, como por outras palavras já disse o poeta. Seja no campo material ou espiritual, estamos sempre procurando encontrar o motivo pelo qual acordamos todos os dias e iniciamos, cada um a seu modo, a nossa batalha.
Na política, não é diferente. Embora esse ambiente seja propício a sentimentos e gestos não muito nobres, dificilmente encontraremos outro que seja tão propício à valorização da pessoa humana.
Homenagens e o reconhecimento público do serviço prestado à sociedade, uma prerrogativa de quem tem o poder político, é um dos principais ingredientes que estabelece o vínculo entre o administrador e o administrado, entre a polis (cidade em grego) e o cidadão.
Quem nunca teve o desejo de ter o nome de um ente querido de sua família - claro que não esteja mais entre os vivos - denominando uma Avenida, uma Praça ou um outro bem público importante para a cidade?
Ou, neste caso, você próprio, tenha vislumbrado ser reconhecido através de um Título, uma Comenda ou um outro símbolo qualquer, por seus relevantes serviços prestados à sociedade?
Lembre-se, estou tratando de honra e não de qualquer vantagem financeira, que não tem lugar nesse ambiente, o ambiente do valor chamado honra.
Considero, por exemplo, que tive e tenho a sorte de pertencer a um grupo político que possui esse valor e embora sempre haja aquele que não resiste a pressões e distoe, a grande maioria continua firme no propósito de não colocar a honra em segundo plano, e segue, como eu, trabalhando para que o poder nunca deixe de ser, essencialmente, o instrumento pelo qual além de decidir sobre os rumos da cidade, mas também prime por honrar as pessoas que são quem de fato dá sentido a tudo isto.
Tenho convivido nos últimos anos com gente bem jovem, bem mais jovem do que eu e observo que alguns valores ainda estão presentes, bastando que aqueles que alcançaram o poder político desperte para o verdadeiro sentido da missão que lhe foi atribuída.
Não se deve esquecer, contudo, que a honra reconhecida no outro deve partir daquele que também a tem, sem a qual é impossível reconhecê-la.
Carlos Quartezani
Esplêndido! Sua sabedoria me inspira Sr Quartezani.
ResponderExcluirE a sua gentileza me motiva. Obrigado!
Excluir