quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Inteligências artificiais

A Inteligência Artificial (IA) é, de fato, uma dessas coisas extraordinárias que o homem tem capacidade de criar e que de tempos em tempos, sacode a todos, principalmente com a sempre propagada possível "substituição de mão de obra humana".

Foi assim com a prensa de Gutemberg, com a luz elétrica, com os veículos automotores, com a máquina de datilografar, com o computador... no entanto, a humanidade se adaptou e cada um procurou encontrar seu espaço nessa nova realidade que se impôs. A vida continuou e sempre continuará, se Deus quiser. 

No caso da IA que ainda sei pouquíssimo mas já pude verificar sua eficácia no que diz respeito à escrita, não podemos afirmar (como nos exemplos citados), que se trata de algo que vai substituir a inteligência humana. Ao contrário, se não for feita a pergunta de maneira clara e objetiva, a resposta pode vir de forma insuficiente ou até mesmo, sem nenhuma relação com o que o usuário tentou perguntar. A resposta será sempre vinculada à qualidade da pergunta. 

Sou nascido no século XX e confesso que tenho algumas dificuldades no mundo moderno da tecnologia, mas o que tenho como certeza é de que a IA só funcionará a contento se aquele que a utiliza também for portador de alguma inteligência, do contrário serão duas inteligências artificiais, uma olhando para a outra, sem chegarem a lugar algum ou num lugar ruim. 

Não pretendo com essas palavras minimizar a extraordinária criação humana chamada de IA, que além de textos produz outras coisas fenomenais, mas quero alertar ao meu estimado leitor que qualquer invenção humana está sujeita a bons e maus resultados, depende muito de quem a usa, como a usa e para quê a usa. Essas reflexões a IA não pode fazer e é exatamente essa capacidade que distingue o humano da máquina. 

Sigo escrevendo, por enquanto sem o recurso da IA mas quando eu precisar, certamente não vou dispensar, contudo, com a certeza de que a resposta que terei será de acordo com a minha capacidade de fazer a pergunta certa.

Carlos Quartezani

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Correr atrás do vento

É muito importante que as pessoas compreendam que o processo de escolha eleitoral tem início, meio e fim. Não assimilar esse conceito ou ignorá-lo, não beneficia ninguém. 

A política é o meio pelo qual temos a oportunidade de escolher nossos governantes e isto é fundamental para a compreensão do quão importante é esse processo e entendê-lo, como ele é. A alternativa a isto é a ditadura que quando se estabelece, faz desaparecer o poder de escolha pelo voto popular, além de outras violências que oportunamente falarei um dia aqui. 

Valorizar o processo democrático é respeitar as escolhas, ainda que você não tenha concordado com o resultado das eleições. O contraditório, as discordâncias eventuais das decisões do novo governo são legítimas, no entanto não devem ser pautadas por razões simplesmente pessoais, mas que tenham uma natureza clara e objetiva tendo por foco a coletividade. 

Sentimentos de derrota por não ter vencido a eleição devem ser superados e a luta deve ser contra o que é errado, desonesto, imoral e assim por diante. Se opor a um governante apenas porque não foi o seu escolhido, não se justifica. Neste caso o que deve estar acima é o lugar que você vive e torcer para que as decisões dos novos governantes resultem em melhorias para a cidade, em todos os sentidos. 

Que a rivalidade se circunscreva ao jogo de futebol e mesmo nele, ao acabar o jogo, que todos se abracem e saibam que até a próxima partida, somos essencialmente irmãos e precisamos entender que o ódio e o amor está em nós, prevalecendo sempre aquele a quem alimentamos. 

Pessoal, no final é tudo vaidade e correr atrás do vento, como escreveu o sábio Rei Salomão em Eclesiastes. 

Ao povo barrense que me lê neste espaço, o meu abraço!

Carlos Quartezani