domingo, 30 de março de 2025

A arte a serviço da vida

A relação do ser humano com a arte é sem dúvida nenhuma algo que o Estado, sobretudo o Democrático de Direito, deve considerar como algo fundamental. Ninguém aprende tanto e portanto tornando o mundo melhor, se não por meio da arte ou com o valioso apoio dela.

Recentemente fui impactado por uma produção cinematográfica, inclusive adoro a arte do cinema, em formato streaming, contando uma história de um adolescente de 13 anos que assassinou uma colega de escola a facadas. A minissérie é intitulada "Adolescentes".

A chocante história se passa na Inglaterra, o que aumenta minha perplexidade já que o país é de primeiro mundo e ocorrências como a que foi retratada no filme, está em geral associada a ambientes onde as pessoas são marginalizadas, passam por privações inclusive financeira e tudo isto acaba refletindo no caráter e na percepção de mundo das crianças e adolescentes, principalmente. 

Mas não meus caros amigos, o filme cuja tragédia realmente choca a ponto de todos os envolvidos se sentirem, em parte, culpados pelo crime cometido pelo garoto inglês (aliás, quem atua nesta personagem é um excelente ator mirim) sacudiu a mente de muita gente mundo a fora, por tratar-se de um problema muito grave e que poucos sabem que sequer existiam. 

Sim, diferente da geração Z, não nascemos com um celular nas mãos e tem coisas que demoram mais para que a percebamos ou que a encaremos como natural. O mal será sempre o mal, mas é muito pior quando não o identificamos ou demoramos a identificá-lo.

Por trás de um inocente jogo virtual ou diálogos codificados nas redes sociais, um e-mogi, essas carinhas e outros recursos disponíveis no mundo virtual, pode significar mais que um mero símbolo de conversas inocentes no celular. O mal pode estar se valendo de algo que ignoramos ou não damos a devida importância, por acharmos que educar e cuidar é apenas no sentido de matricular na escola ou levar ao médico quando está doente. É muito mais que isto, pode ter certeza!

Tem outros aspectos a serem observados no filme e certamente não pretendo abordá-los todos aqui, mas acredito que se fizer um esforço para compreender a finalidade de quem criou a história, poderá sim evitar muitas coisas desagradáveis ou até mesmo, como no filme, trágicas.

Carlos Quartezani

domingo, 16 de março de 2025

40 anos de democracia

No dia de ontem, 15 de março, o Brasil lembrou a data em que a redemocratização foi instalada no país. Após 21 anos, voltamos a ser um país livre. No entanto, quero aqui tecer alguns comentários a este respeito. 

Por mais que eu seja otimista, não posso deixar de considerar que o caminho que tomou os democratas, não foi o melhor. O que se viu, ao meu ver, foi um incentivo velado ao analfabetismo político, como forma de se manterem no poder. Os princípios que nortearam a vida de políticos como o Dr Ulysses Guimarães, não viralizou e o que tivemos foi algo bem ao contrário dele.

E o pior resultado chegou com a ascensão da extrema direita que percebeu que para garantir seu intento, teria que usar esse analfabetismo político, fomentado pelos democratas. Muitos não fazem a menor ideia do que era o país antes da redemocratização e defendem gestos que nunca deveriam ser apoiados.

Para exemplificar o que digo acerca do analfabetismo político, particularmente perdi a conta das vezes em que me senti totalmente sozinho, ao tentar falar de política com alguém, sem o viés da vantagem para quem me ouvia. É duro, por exemplo, entrar na casa de uma família para pedir o voto tendo como argumento apenas as palavras. Você sai da casa, outro entra e ao garantir uma benesse, nem se lembram mais quem é a pessoa que esteve lá antes. 

É isso mesmo, os 40 anos da democracia não tem muito o que comemorar, mas ainda continuo acreditando que com a formação política no contexto, teremos melhores resultados no futuro. Assim, espero!

Carlos Quartezani

domingo, 2 de março de 2025

Carnaval na Barra

Essa noite de sábado de Carnaval, tive a honra de ser fotografado com a famosa cake design Katia Quartezani, o advogado Jadison Quartezani e Rita Faria Costa, que para nós seus sobrinhos é quase uma mãe, principalmente por ter herdado a função de perpetuar uma tradição de nossa família em Conceição da Barra. O mingau do Pacotinho!

Para os mais jovens, a razão do "Pacotinho" é porque se tratava do apelido do meu avô, Manoel Faria da Costa, que era proprietário de uma pequena "Venda" próximo ao cais da Barra, onde vendia os produtos em pequenos embrulhos, em pacotinhos. Ele é o criador da receita do mingau de tapioca com leite de coco e açúcar. 

Espero que esse registro tenha lhe sido agradável de se ler... me sinto muito bem em ser parte de uma linda família que tem seus problemas, evidentemente, mas sempre com disposição de continuar, com dignidade, a merecer ser conhecida como uma Família Barrense!

Forte abraço e bom Carnaval!!!

Carlos Quartezani