Os pais, cujos filhos estudam as séries iniciais na Escola Municipal de Ensino
Fundamental Angelo Luiz Sagrillo Smiderle, em Conceição da Barra, receberam esta semana uma
cartinha da Secretaria Municipal de Educação, com a informação oficial de que
seus pequenos, a partir de 2015, vão mudar de prédio. O destino destes, bem
como, de outros em idade entre 5 e 9 anos, oriundos de outras escolas do Ensino
Infantil, será o prédio recém-construído com a finalidade inicial de funcionar
uma cozinha industrial (foto).
A mudança,
muito requerida pelos pais das crianças que estudam na “fornalha” onde funciona
a Escola Angelo Luiz, só não aconteceu como todos esperavam. No lugar de um
prédio apropriado para abrigar crianças em tão tenra idade, a administração
municipal optou por colocá-los num lugar onde há riscos iminentes, a começar
por ser no andar superior e mesmo com as telas de proteção, particularmente,
não sei se será suficiente para evitar um infortúnio. Uma avaliação feita por
especialistas talvez nos desse um alento, neste sentido.
Para o
atendimento da Lei que estabelece a obrigatoriedade em matricular crianças a
partir dos 3 anos de idade, seria necessário criar os espaços devidos e tempo
houve para tais providências, pois a atual administração caminha para o seu sétimo
ano. No entanto, como as prioridades do governo municipal são estabelecidas a
partir do pensamento de um só homem, a tarefa se torna ainda mais difícil. Por isto, para abrigar
o contingente que só cresce, somos obrigados a aceitar que crianças pequenas sejam
transferidas para um prédio que, evidentemente, não foi construído pensando
nelas.
Tudo isso
ainda pode piorar caso, de fato, venha a funcionar uma cozinha industrial no
andar térreo, conforme vem sendo propagandeado há alguns anos desde que a obra
foi iniciada. Equipamentos como exaustores potentes, item essencial para o
funcionamento de uma cozinha industrial, poderá ser mais um fator preocupante
na medida em que crianças (pequenas) estarão bem próximas deles, sujeitas a acidentes. Não
sou especialista em segurança, mas há que se consultar especialistas, para
saber se há riscos, antes de transferir as crianças para o local.
Procurei a
secretária de educação para que pudesse me esclarecer o assunto. Não a
encontrei. Mas acredito que de pouco adiantaria saber seu posicionamento, uma
vez que o próprio prefeito municipal se antecipou e levou a decisão para o conhecimento dos
pais das crianças, numa reunião com esse objetivo. Não me pareceu haver espaço
para considerações. A decisão já foi tomada.
Espero que
tudo o que relatei aqui sirva para reflexões quanto aos riscos de levar as crianças
para o referido prédio sem os cuidados mínimos necessários. Minha torcida é
para que tudo dê certo, mas o seguro, como diz o ditado, morreu de velho.
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