Era início da década de 40, no século passado, e o mundo vivia um de seus piores momentos.
O avanço das tropas de Adolf Hitler, cujo objetivo era conquistar a Europa e o Mundo, parecia irreversível. Países como a Polônia, Holanda, Bélgica, França entre outros, já haviam sido subjugados pela poderosa Alemanha. Até a Inglaterra, com todo o seu histórico poderio militar, se viu ameaçada e parte de seu povo, começava a duvidar se não seriam os próximos a serem conquistados pela máquina de guerra alemã.
No entanto, a sabedoria e perspicácia de um certo senhor - excêntrico em certa medida - de nome Winston Churchill, fez com que o ditador alemão fosse surpreendido. Com a sua inteligência ao liderar o povo e fazê-lo acreditar que era possível derrotar a maior ameaça ao mundo civilizado à época, Churchill escreveu seu nome na História.
O Primeiro Ministro inglês e seus predicados servem de preâmbulo para o que vou dizer a seguir e se refere ao momento que estamos vivendo. Apesar de não ser uma Guerra Mundial tradicional, a luta contra a pandemia e seus efeitos, guardam algumas semelhanças.
A união, em se tratando de política, é sempre bem complicada, especialmente quando o que está em jogo é o poder local. Uma população pouco atenta à capacidade de quem pleiteia um cargo público e mais afeita a depositar o seu voto em quem lhe traga "alívio imediato", pode ser o ingrediente que dificulte ainda mais uma escolha que resulte em resultado prático para o lugar que se escolheu viver.
Neste momento, o resultado prático requer união. Sem ela, toda boa intenção é uma completa inutilidade.
A pandemia pelo novo coronavírus, que desencadeou problemas sociais, econômicos, emocionais e etc, por si só são razões óbvias que deveriam encaminhar as eleições para um debate diferenciado.
Em tempos considerados normais é aceitável que o processo democrático guarde espaço para picuinhas, fofocas, intrigas e outras inutilidades. Faz parte. Mas o presente momento exige que interesses menores que a reconstrução da cidade pós-pandemia, sejam colocados de lado e o amor pela cidade seja de fato praticado, não apenas cantado em verso e prosa.
Espero que ainda haja tempo de as lideranças compreenderem essa necessidade e sentarem à mesa para construírem juntos alternativas que tirem Conceição da Barra-ES do enorme problema que tem, sobretudo considerando que as nossas receitas são incompatíveis para manter uma cidade apenas com as transferências do Governo Federal, predominantemente.
O voto é emocional, mas a gestão passa por decisões que podem destruir ou edificar uma sociedade inteira. Portanto, a hora é do líder unir o povo e as diferenças, serem colocadas no banco de reservas.
Pensem nisto, candidatos!
Carlos Quartezani