Se a filiação partidária é pré-requisito essencial para uma candidatura, não se pode conceber que com apenas 6 meses de filiação, anterior ao pleito eleitoral, um filiado possa ser candidato e assim, eventualmente, representar o partido nas instâncias de poder.
Lamentavelmente, apesar do avanço com a proibição da coligação nas eleições proporcionais (Vereadores e Deputados), essa anomalia não foi avaliada e os Partidos continuam sendo, apenas, um mero detalhe, uma parte da paisagem.
Para você que pode não compreender minha defesa a Partidos, explico que a democracia é fundamentada neles. Pessoas se associam a uma sigla partidária legitimadas num determinado pensamento político. Existem as tendências esquerda, direita e centro, bem como, algumas variações tais como extrema direita e extrema esquerda, nas quais os partidos se baseiam. Você precisa se ver em uma dessas tendências e procurar a sigla que a defenda.
No Brasil, tem muitos partidos. Precisa reduzir, urgentemente.
Não basta ter popularidade para ser candidato. A candidatura deve ser fruto de um processo de discussão intra-partidária, que levaria este ou aquele à condição de candidato, tendo por apoio imediato, os próprios filiados. No entanto, o "sistema" permite esse "monstrengo" que é a possibilidade de ter pessoas com nenhuma identificação com o partido, disputando uma vaga no poder e, assim que consegue, quase sempre, ignora a sigla na qual foi eleito.
O MDB de Conceição da Barra-ES, partido ao qual sou o Presidente, não apresentará candidatos em 2020. Fizemos o chamamento mas os filiados não se manifestaram neste sentido, em colocar o nome à candidatura. Uma pena, mas o sistema funciona assim.
Portanto, encerrando, tenho a consciência de que se não é possível construir candidaturas dentre os filiados que o Partido tem e cuja história remonta debates de ideias e respeito aos estatutos partidários, bem como, os problemas e soluções para a cidade, não será apresentando candidatos que se filiaram a seis meses antes das eleições, que resolveremos o problema da representatividade e de um Governo que tenha, de fato, proposta.
Carlos Quartezani
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