Quando vamos escolher o candidato a um cargo eletivo numa eleição, normalmente somos impulsionados por critérios que não são os mais assertivos. No entanto, acredito que ter critério seja melhor do que não ter.
Minha experiência em campanhas eleitorais me credenciam a falar sobre o assunto. A carga emocional é relevante pois, embora o voto seja secreto, em cidades pequenas como a minha, Conceição da Barra-ES, quase tudo que se diz sobre isto ou aquilo, torna-se pessoal e quando o assunto é a política, fica pior. As pessoas em geral, não se importa com o que foi dito mas com "quem disse".
Encaminhar para o aspecto pessoal a decisão sobre quem terá a responsabilidade de aprovar Leis ou de estabelecer as políticas públicas de uma cidade, funções que cabem ao Vereador e ao Prefeito, respectivamente, não é salutar. Embora gostar da pessoa seja um fator importante, só isto não é suficiente, portanto, esse critério já é insuficiente por si só, se levado a efeito isoladamente.
O leitor pode estar se perguntando sobre quem teria a capacidade de saber escolher seu candidato com precisão, se depois da eleição muitos se revelam incapazes da função.
Sim, certamente não é possível prever, mas, se por exemplo, seu critério de escolha está vinculado, também, ao que com clareza e discernimento defende o candidato, a chance de eleger quem de fato lhe representa, é bem maior. Mas admito que falta muito ainda para chegarmos nesse nível de consciência política, o que não nos impede de tentar.
Na realidade não é nada fácil escolher. Sei disso porque além de ter sido candidato a Vereador (em duas eleições), também sou eleitor e fazer a escolha certa quando o nome não é o seu, é muito difícil.
Portanto, o que pretendo fazer é estabelecer critérios que me encaminhem a uma decisão que preencha requisitos fundamentais para a representatividade. Do contrário, estarei me comportando como um jogador de "jogos de azar", uma conduta que considero improdutiva para um assunto tão sério que é a escolha política.
Seja qual for o seu critério, opte por aqueles que façam sentido e lembrar que a decisão valerá por 4 anos, uma eternidade se considerarmos que a insatisfação com os escolhidos faz parte do sentimento da maioria dos eleitores.
Carlos Quartezani
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