A democracia no Brasil se tornou uma espécie de distração útil, uma maneira de estravasar mágoas e ressentimentos, encontrando nos políticos o alvo ideal para esse tipo de comportamento vingativo e improdutivo.
Evidente que a classe política realmente anda muito longe do que deveria ser o ambiente ideal para o debate de ideias e soluções para os problemas da Pólis, no entanto essa reação emocional, por parte do eleitor, não tem nos possibilitado retorno positivo. Pelo contrário, brigamos uns com os outros, achando que isto é fazer política. Todos perdem!
No lugar de discutir se o mordomo é o culpado ou não, deveríamos nos concentrar nos problemas e nas possíveis soluções e, só depois, encontrar aquele que seja o porta-voz dessas demandas, e que de fato, represente a vontade do povo, e não somente uma pessoa que a maioria gosta e que portanto, mereceria o seu voto.
As perguntas estão aí para serem feitas: Como gerar empregos? Como reduzir as demandas por exames e outras necessidades de saúde? Como motivar o profissional da educação a ser mais que um simples servidor público? Como reduzir a precariedade no saneamento básico?
Essas e outras perguntas merecem respostas práticas e não devaneios de quem quer apenas convencer o eleitor que este ou aquele candidato, é o melhor. A seriedade precisa voltar a moda, sob pena de não mais existir possibilidade de conviver harmonicamente em sociedade, sobretudo em pequenas cidades, cuja base orçamentária está alicerçada em repasses do governo federal.
Não podemos nos distrair quando o que está em jogo não é simplesmente o time do coração, mas o futuro da cidade que amamos e escolhemos viver.
Pensem nisso!
Carlos Quartezani
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