sábado, 4 de junho de 2022

Conceição da Barra no Tom

A minha cidade, historicamente, não tem uma população habituada a saídas noturnas, exceto nos períodos em que os turistas "invadem" a cidade e as programações diversas estimulam ao passeio que para muitos, acabam naquela passadinha num boteco ou restaurante para aquele entretenimento musical e gastronômico.

Já temos há algum tempo alguns bons estalecimentos que oferecem esse tipo de opção. Alguns, inclusive, são visitados no período da baixa temporada por clientes que moram nas cidades vizinhas e gostam de vir à cidade que nasceu de um beijo, saborear uma moqueca capixaba entre outros pratos da cozinha barrense.

Para minha surpresa e ao mesmo tempo satisfação, verifiquei pessoalmente que este estranho, mas compreensivo hábito do barrense em não sair de casa, pode verdadeiramente estar com os dias contados. 

Na estreita Rua José Sete, bem pertinho das agências bancárias locais, observei que o ponto de encontro dos meus conterrâneos, especialmente no meio da semana, é o aconchegante boteco com o sugestivo nome "No Tom".

Sim, na Barra dificilmente a gente chama os estabelecimentos tais como os bares, pelo nome que está na placa. Invariavelmente, ao anunciar que vamos àquele estabelecimento, simplificamos e dizemos que vamos "ao proprietário" e não no estabelecimento.

O Tom, proprietário do boteco, com bastante perspicácia percebeu isto e agora, para muitos barrenses, ir No Tom virou quase um programa obrigatório. Comer, beber, escutar boa música e conversar, é No Tom, sem dúvida nenhuma.

Para quem ainda não conhece recomendo conhecer. O esforço e a determinação em empreender na sua terra natal, faz do empresário barrense Tom, merecer essa credibilidade verificada no número de pessoas que frequentam seu boteco na Barra.

São Mateus-ES, 04/06/2022

Carlos Quartezani

Jornalista e Microempreendedor

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