Ela nasceu Ida Maiani de Almeida, mas "Dona Mora" é o apelido que "virou nome" e ela própria assim declarou nas palavras do jornalista Jorge Bastos Moreno (in memorian) que a entrevistou para o livro A história de Mora, Editora Rocco 2013.
Em tempos em que a política perdeu seu verdadeiro sentido, tornando-se para uns meio de ganhar o sustento e para outros, um "palavrão", como se a Política não fosse exatamente o motivo pelo qual as pessoas podem dizer o que pensam, faço aqui uma singela homenagem a essa mulher que foi simplesmente a esposa do mais importante político que o Brasil já teve e não sucumbiu um dia sequer, mantendo uma autoridade que só se verifica em pessoas de fato, iluminadas.
Dona Mora, para este singelo "fazedor de textos" que fica profundamente envaidecido quando alguém os lê, é a personificação da mulher que desempenhou seu papel com tamanha grandeza, lembrando em certa medida a conduta de outra mulher, também muito especial, a Rainha da Inglaterra, Elisabeth II.
Não confundo as lutas e conquistas de quem quer seja, minimizando sua importância, especialmente quando é impossível negar sua legitimidade. A mulher, como exemplo, vem deixando muito claro a que viera, seja na política, na economia, no meio empresarial e até em outros segmentos que certamente, não poderíamos imaginar há alguns anos atrás.
No entanto, o que considero mais importante e que pode estar passando despercebido é que a grandeza de espírito não está apenas associada a conquistas que as coloquem em pé de igualdade com o gênero oposto. Cada um tem um papel e descobrir qual é o seu e cumprir, equivale a fazer funcionar uma engrenagem cujo resultado final é a garantia de um objetivo atingido.
Não tenho receio de que essas minhas palavras sejam interpretadas erroneamente e seja aqui considerado um "machista" com saudades do tempo que não volta mais. Não, não se trata disso. Muito pelo contrário. Estou afirmando e me utilizo da história de Dona Mora, a mulher de Ulysses Guimarães, para afirmar e reafirmar que ao lado de um grande homem é fundamental a presença de uma grande mulher, pois um não existiria sem o outro.
Preparado para os embates que provavelmente hão de vir, depois dessas palavras - e é este o fardo de quem diz ou escreve o que quer - prefiro ouvir/ler o que pode ser para mim, a princípio, desagradável, mas que poderá acrescentar na minha escala de valores humanos, do que me submeter aos algoritmos e viver uma vida como quem degusta um prato sem tempero.
São Mateus-ES, 02/06/2022
Carlos Quartezani
Jornalista e Microempreendedor
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