Sobre o médico anestesista flagrado praticando estupro de vulnerável, aproveitando-se do estado de torpor de pacientes grávidas submetidas à anestesia, não tem perdão. Embora tenha direito à defesa, como estabelece o estado democrático de direito, as imagens falam por si.
O fato, ou os fatos, já que consta que o facínora praticou o crime reiteradas vezes, ocorreram em São João de Meriti, no Estado do Rio de Janeiro e é assunto na mídia nacional. Não é para menos, o infeliz é praticante de uma covardia inominável.
No entanto, e aqui justifico a minha abordagem no presente texto, esse babaca não representa a classe médica e nem muito menos a classe masculina. Homem que se preza, trata a mulher com respeito, carinho e dignidade e o ritual da conquista passa por virtudes que um canalha como esse nunca terá.
Advogo aqui em favor do enorme número de homens, como este que vos escreve, que é preciso ser mais cautelosos quando se pratica o ativismo, seja qual for o foco.
Nós, os verdadeiros homens, não merecemos ser comparados ou, ainda que sutilmente, inseridos no hall de canalhas como este, para potencializar o movimento feminista que ao meu ver, tem toda legitimidade, porém, muitas falhas e não está relacionado integralmente à luta por correção de condutas indevidas do gênero oposto, mas ao oportunismo eleitoral. Posso ser condenado por esse ponto de vista, mas não serei por ser morno, como é próprio de muitos.
Que a HISTÓRIA, a disciplina História na grade curricular escolar, seja considerada essencial e tenha seu devido valor reconhecido, para que as pessoas passem a entender o que é o processo civilizatório e entenda, de uma vez por todas, que cada época guarda suas virtudes e não virtudes e que estas, felizmente ou infelizmente, fazem parte da nossa evolução, seja como ser humano ou membro da sociedade que fazemos parte.
Se puxar uma cadeira, abrir uma porta ou oferecer flores para uma mulher se tornou antiquado, não nos culpem por haver canalhas que não são antiquados, mas são lobos que se vestem de cordeiros para vitimar indefesos.
São Mateus-ES, 13/07/2022
Carlos Quartezani
Jornalista e Microempreendedor