segunda-feira, 16 de abril de 2012
O legal e o justo
quinta-feira, 22 de março de 2012
Discriminação racial

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Não apedrejem a moça nua
sábado, 10 de dezembro de 2011
Dez de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos
A Carta das Nações Unidas, que criou a ONU, estabeleceu como um dos propósitos desse organismo internacional promover e estimular o respeito aos Direitos Humanos.
Em atendimento a esse objetivo, o Conselho Econômico e Social, órgão responsável por esta matéria no seio da ONU, criou a Comissão de Direitos Humanos.
A Comissão de Direitos Humanos, como sua primeira empreitada, discutiu e votou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, submetida depois à Assembléia Geral.A Assembléia Geral da ONU aprovou e proclamou solenemente a Declaração no dia 10 de dezembro de 1948. A cada passagem do 10 de Dezembro, em todo o mundo, a Declaração é celebrada ou, o que é ainda melhor, a Declaração é discutida.
A passagem do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de uma forma ou de outra, tem provocado sempre um sadio debate mundial em torno da Declaração. No Brasil o clima de interesse pela questão dos Direitos Humanos tem crescido muito. Tanto a discussão teórica e geral, sempre importante, quanto a discussão concreta, dirigida à realidade de Estados, Municípios, regiões.
O trabalho da ONU, em favor dos Direitos Humanos, não tem sido realizado pelo Conselho de Segurança, um esdrúxulo organismo no qual as nações poderosas têm “poder de veto”, em radical oposição ao princípio da igualdade jurídica das Nações. A igualdade jurídica das nações, postulado da mais profunda radicação ética, foi defendida por Rui Barbosa, na Conferência de Haia, em 1907.
A luta da ONU pelos Direitos Humanos deve ser creditada a suas agências especializadas e à Assembléia Geral, um organismo democrático onde se assentam, com igualdade, todas as nações.
Temos muitas reservas a recentes decisões da ONU, autorizando e decretando intervenções militares em diversos países.
Não obscurecemos as falhas e impropriedades que marcam certas posições adotadas por esse organismo internacional, ao aprovar a geografia do poder presentemente reinante e o instrumento bélico de sua imposição a todos os povos do mundo. Essa política injusta, sob a chancela da ONU, tem sido adotada por pressão das potências que detêm a hegemonia econômica, política e militar no mundo de hoje, mas não tem respaldo na opinião pública mundial. Muitas críticas têm sido feitas à face militarista de uma organização que nasceu sob o signo da Paz.
Se a voz da ONU não tem efetividade, em muitas situações, porque nações poderosas recusam obediência a suas determinações, a força moral de suas deliberações pacifistas é muito grande.
Exaltamos os esforços da ONU, em prol dos Direitos Humanos, no decorrer de sua existência.
João Baptista Herkenhoff, 75 anos, magistrado (aposentado), professor (em atividade) na Faculdade Estácio de Sá do Espírito Santo, palestrante Brasil afora, escritor. Autor do livro Direitos Humanos – uma idéia, muitas vozes (Aparecida, SP, Editora Santuário). E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br Homepage: www.jbherkenhoff.com.br
domingo, 20 de novembro de 2011
Luta nacional e universal contra a tortura
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Direitos Humanos: podem ser celebrados?
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Mais educação, menos presídios
Estou sempre utilizando os espaços que tenho para propor às pessoas reflexão acerca da nossa participação nos assuntos relacionados à política. Parafraseando um certo senador da República, sou adepto ao “samba de uma nota só”, e com isso acabo pagando um alto preço por esta insistência.
Mas não quero falar do preço que pago, porque sei que vale a pena. Quero tratar, especificamente, é da pouca ou nenhuma importância que dispensamos aos assuntos que nos levam a conclusões precipitadas ou até mesmo injustas em relação às decisões de governo, sejam os mesmos municipal, estadual ou federal.
Vou citar um exemplo desses equívocos que cometemos por não entender a dinâmica da participação política e que neste caso envolve os Direitos Humanos.
Recebo sistematicamente em minha caixa de e-mails, um texto no qual as pessoas, de modo geral, se queixam que o governo federal concede um auxílio-financeiro às famílias, cujos provedores (os pais das crianças) estejam presos. A revolta expressa nas palavras contidas no texto não deixa dúvidas de que se trata de algo “absurdo e inaceitável o governo sustentar bandido e sua família”, porém, a nossa Constituição Federal em seu 1º Artigo deixa claro quais são os fundamentos do estado democrático de direito e que contempla a “dignidade da pessoa humana”.
Aonde está esse “direito” quando um indivíduo cerceado do direito ao conhecimento, passa a infringir a Lei e agir de acordo com a suas próprias regras? Não seria o próprio estado o responsável pelo “marginal” que gerou na sociedade e portanto cabe a ele, o estado, prover sua família e evitar que os seus filhos sejam os futuros ocupantes da cela na qual o pai está encarcerado?
Precisamos rever nossos conceitos quando tiramos conclusões sobre questões como esta. É muito simples apontar culpados sem nos preocupar com a origem do problema. Estamos na eminência de nos tornar um dos países mais importantes do Mundo (se é que já não somos) e a preservação dos direitos humanos é uma das principais características de uma Nação que quer ter o título de desenvolvida.
Não parece justo o estado pagar o sustento das famílias dos presidiários, mas a nossa ignorância e o pensamento egoísta ao enxergar o problema por um só ângulo, legitima essa ação do estado, pois enquanto não tivermos o altruísmo como mola propulsora do nosso caráter, o estado terá sempre que fazer este papel sob pena de a tragédia social ser ainda maior do que já é hoje.
Quantas vezes agimos desleixadamente ao escolher os nossos representantes, ao votar em qualquer um ou votar em alguém usando critérios sem nenhum cabimento? Atitude como esta é que fazem brotar na sociedade o marginal que vai ser beneficiado com o dinheiro público. Não somos pessoas más, apenas temos um conceito de justiça que não leva em conta o quanto somos responsáveis pelas mazelas existentes na sociedade. A cada vez que ouço alguém dizer que detesta política e por isso não participa dela, vejo aumentar o número de pessoas que jamais se interessarão sobre os motivos que levam as pessoas a estarem encarceradas e o estado, ou melhor, o povo, sustentando suas respectivas famílias.
Quer que o governo não pague o sustento das famílias dos presos? Assuma o seu papel de cidadão e participe dos debates políticos, desta forma, você estará contribuindo para que as decisões de governo contemplem investimento em EDUCAÇÃO , ao invés de construção de PRESÍDIOS.