Um mandato
é uma missão conferida pelo povo a um determinado cidadão ou cidadã para
representá-lo, seja nas Câmaras de Vereadores, Assembléias Legislativas ou no
Congresso Nacional. Chama-se “Democracia Representativa”, aquela em que a
população escolhe quem vai falar por ela nas instâncias específicas do Poder.
É evidente
que face a tantos escândalos envolvendo pessoas ligadas direta ou indiretamente
à política, o cidadão comum passa a ter aversão às pessoas que no seu ponto de
vista deveria representa-lo e, via de regra, aversão a tudo o que diz respeito
à política. Mas quero dizer que embora eu compreenda esse sentimento, não posso
concordar com ele, e já explico o porquê.
Representar
a população não significa defender um direito individual mas uma demanda
coletiva, algo que implique na qualidade de vida de uma comunidade ou um segmento
daquela comunidade. O fato de votar numa pessoa, não nos concede o direito de
que tudo o que queremos, deva ser atendido por ela. Além de ser impossível que
se atenda a tantas pessoas (para ganhar é preciso muitos votos), a cada pedido
individual atendido, há uma descaracterização da democracia representativa, uma
vez que o representante atendeu uma pessoa e não a coletividade.
A corrupção que hoje estampa as capas de jornais de todo o País, tem lastro nessa relação promíscua entre representante e representado, que ao invés de escolher quem realmente deve representá-lo, troca o seu voto por um benefício qualquer justificado inclusive por falas tais como "todos vão roubar mesmo, é melhor eu tirar o meu".
Mas você pode estar se perguntando: como
podemos ser atendidos enquanto comunidade ou segmento da sociedade? A resposta
é ORGANIZANDO-SE. Na medida em que um grupo de pessoas se unem e pleiteiam algo
que atenderá a coletividade, legitima-se a democracia representativa e assim
aquele representante poderá atender utilizando, inclusive, mecanismos legais
através do estabelecimento de convênios entre o Poder Público e a Pessoa Jurídica, fruto da organização desse grupo de pessoas.
Defendo a
formação política cidadã porque acredito que quanto mais conhecemos, menos
somos engodados, inclusive por pessoas que não conhecem a verdadeira função da
política na sociedade, e se arvoram de “boas pessoas”, aparecendo em momentos
oportunos com mimos e agrados, levando o eleitor ao erro. E o pior, o eleitor passa a
desacreditar na política e considera todos que estão nesta atividade, ladrões ou
outros adjetivos piores.
Recomendo
que você meu fiel leitor que me honra ao acessar este espaço, pense a política
como ela verdadeiramente é e para o qual foi concebida, ou seja, estabelecer a
felicidade das pessoas nas cidades. É para isso que ela foi inventada pelos
gregos e até hoje, não se conhece outra forma de governo que possa ser tão
próxima da dignidade humana.
Educação
Liberta!