Nunca fui
adepto a desrespeitar as pessoas. Tudo bem que quando somos mais jovens, e
achamos que o Mundo gira em torno de nós, somos levados a atitudes, digamos,
desproporcionais mas, em geral, é apenas um recurso para ter a atenção das
pessoas. Nessa idade, naturalmente não temos maturidade para medir a
intensidade das palavras e gestos.
No entanto,
o que venho percebendo nos dias de hoje, sobretudo nas redes sociais, é um aprofundamento
dessa má conduta que não tem relação com adolescência ou juventude. Trata-se de
adultos, pessoas que deveriam se portar como referencial na vida de outras e
adotam uma postura lamentável com suas postagens de gosto duvidoso, tentando
passar uma ideia de que é antenado e, na realidade, entende pouco ou nada daquilo
que está criticando. Protestam de uma maneira errônea contra tudo e todos, sem
medir as consequências sobre quem verdadeiramente estão atingindo.
As pessoas
públicas, sejam artistas, magistrados, advogados, servidores públicos de modo
geral, padres, pastores, políticos, entre outros, escolheram tais atividades como
escolheriam outra qualquer. Se há alguns indivíduos que estão neste ambiente e
se portam mal, isto não nos dá o direito de achincalhar a todos, como se, por
exemplo, todo padre fosse pedófilo e todo pastor abusasse da fé das pessoas.
Sem se
importar se o alvo da crítica ácida tem filhos, netos, sobrinhos, enfim,
crianças que dificilmente entenderão porque o seu pai, mãe, tio ou avô aparecem
numa imagem montada com o auxilio do fotoshop - numa posição degradante - postagens
no facebook e em outras redes sociais vão se multiplicando e tornando impossível
a defesa da vítima, a menos que abra um processo demorado e com custos altos,
na tentativa de defender seus direitos na Justiça.
Alguns
podem discordar do meu ponto de vista, alegando inclusive, que se trata de
“democracia” e de que “quem está na chuva é para se molhar”, ou se escolheu a
vida pública tem que suportar as consequências. Sim, estamos numa democracia e
graças a Deus por isto e a tantos brasileiros que lutaram para que a
reconquistássemos, no entanto a democracia não pressupõe desrespeitar as pessoas.
Longe disso! No máximo, defender o seu ponto de vista, respeitando o alheio.
Não sei
quantos estão lendo esse texto, mas concordando ou não, gostaria de propor essa
reflexão: Se queremos protestar, e é legítimo que seja assim, que façamos com
espírito público, organização e método, pois estamos defendendo um ponto de
vista, apenas um ponto de vista e não somos detentores da verdade absoluta. O
homem ou mulher que é alvo de nossa postagem ácida, é um ser humano com as
mesmas virtudes e defeitos que também possuímos.
E só para
constar, é bom destacar que todo crítico é conhecido por não saber fazer aquilo
que é o objeto de sua crítica. No mais, minhas palavras não tem alvo definido,
uma pessoa em particular, mas a todos que se portam dessa forma e que quem sabe, após ler este texto, não avalie o quão errado está e mude sua postura... a esperança nunca morre!
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