É muito comum às pessoas que desejam se candidatar a um cargo político, enfatizar com um certo "orgulho" de que "não é político".
Entendo que essa categoria (o político) não goza de tanto prestígio junto à sociedade, razão pela qual, mesmo desejando o cargo, o pleiteante utiliza essa narrativa de "não ser político" (portanto merece seu voto) como sendo uma de suas principais virtudes.
Quero dizer ao amigo e à amiga leitora, que por aqui me acompanha, que não é possível fritar os ovos sem quebrá-los. O trabalho de quem alcança pela via do voto popular um cargo político, é soberanamente fazer política, uma atividade que só desempenha quem é político e se fosse uma ciência (defendo que é), estaria classificada na área das "Humanas", ou seja, no lado oposto às "Exatas", contrariando os mais variados perfis que surgem nas campanhas eleitorais.
O que quero dizer com isto? Que para representar o povo, é preciso ser político, e dos bons, do contrário não seria necessária uma eleição. Bastaria um concurso público e assim se estabeleceria quem representaria o povo.
Pode até ser uma ideia boa e viável substituir as eleições por um concurso público, quem sabe as próximas gerações não cheguem a esta conclusão (???), mas o que temos hoje é o voto e o que espera o escolhido do povo, quando assume um mandato, são grandes desafios para serem vencidos e não tem ciência exata que possa suplantar a habilidade política de quem foi escolhido para exercê-la.
Ser político é uma característica humana e é por causa dessa característica, que não somos consumidos pela barbárie.
Carlos Quartezani
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