terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Fundo CidadES e o seu destino na Barra

O Governo do Estado do Espírito Santo, buscando uma forma de compensar as perdas dos municípios, principalmente em função do fim do Fundap e as reduções nas alíquotas do ICMS, criou um mecanismo de repassar dinheiro para os cofres públicos municipais, sem as burocracias normais dos convênios. Trata-se do Programa Fundo CidadES, lançado ontem, 16/09/2103, em Vitória, e contou com a presença maciça de prefeitos e vice-prefeitos capixabas, além de outras representações da classe política capixaba.

Os recursos terão destinação exclusiva para “investimentos”, não sendo permitido custear folha de pagamento ou demais despesas relacionadas a “custeio”. Além disso, outra obrigação por parte dos municípios, é a criação do Fundo Municipal de Investimentos, devidamente aprovada pelos vereadores.

No caso específico de Conceição da Barra, serão cerca de R$2 milhões de reais disponibilizados, sendo liberados parcialmente na medida em que os projetos forem sendo executados. É pré-requisito básico que os valores sejam liberados, apenas na medida em que as fases das obras forem sendo concluídas. Quanto ao Projeto de Lei que cria o Fundo Municipal de Investimento, segundo fontes do Poder Executivo e Legislativo local, já está concluído e deverá ser votado na próxima sessão ordinária, nesta quinta-feira, 19.

O que não sabemos ainda, e não há como ter certeza se saberemos  – face ao modus operandi do prefeito municipal – é de como serão aplicados tais recursos. Há obras em andamento, sempre destacadas como “feitas com recursos próprios”, em fase de conclusão, cujo prazo já extrapolou, e podemos considerar como extrapolada também, a paciência dos cidadãos barrenses. Só para exemplificar as obras nesta situação, cito o hospital, o ginásio de esportes e as “cozinhas industriais”. Contudo, ainda não sabemos se o Programa contempla aplicar recursos em obras já em andamento. Espero que sim, talvez finalmente sejam concluídas e vejamos resultado prático nos “recursos próprios” investidos.

Particularmente, esperaria que uma audiência pública, revelando valores e as possíveis prioridades, fosse a postura mais adequada por parte do poder público municipal. No entanto, não creio que isto aconteça, pois o episódio envolvendo as intervenções na Praça da Igreja Católica– hoje, tombada pelo Estado - são a prova de que o prefeito não gosta de ouvir opiniões.


Contudo, sempre terei esperanças, afinal, tudo é possível debaixo do sol!

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