Ainda
não é uma realidade mas as possibilidades sempre existem, quando lembramos que
muitas Leis em Conceição da Barra não são cumpridas ou, são mudadas, com a
força do Poder Executivo que a quase 5 anos comanda tudo, tendo sido reeleito no
ano passado.
Só
para exemplificar o que digo, os diretores das escolas municipais não são mais
escolhidos numa lista tríplice, como foi no passado, e o Instituto de
Previdência dos Servidores Públicos também não tem mais o voto direto dos
partícipes como mecanismo de escolha para sua Diretoria, mas a nomeação. Algo
lamentável, do ponto de vista de quem defende decisões democráticas, mas
aceitável para quem não acredita ou não tem o devido conhecimento sobre o tema
DEMOCRACIA. Aliás, se pudesse, o prefeito também nomearia os vereadores.
Pois
bem, após este longo preâmbulo, volto ao assunto que me levou, mais uma vez, a fazer
um registro neste meu blog que para mim, é a melhor maneira de desabafar minhas
frustrações e também manifestar alegrias em relação às experiências na cidade
que nasci e também escolhi para viver e criar meus filhos.
Recordo-me
que Conceição da Barra, a partir do ano de 2001, passou a observar o segmento
evangélico de forma especial e através de ações do poder público,
proporcionou-lhe visibilidade com a realização de eventos em parceria com a
Instituição que os representa, o COMEC (Conselho de Oficiais e Ministros
Evangélicos), também concebido nesta mesma época. Um desses eventos, talvez o
de maior importância, veio ao longo das sucessivas administrações, perdendo seu
brilho, face o desinteresse ou, o pouco interesse, por parte dos gestores
públicos em garantir esse direito. O evento que no início acontecia antes do
carnaval, lotava a chamada “Praça do Juiz” com turistas e moradores da cidade e
região, que vinham participar de uma festa sem a marca da violência e das
inconveniências das festas regadas a bebidas alcoólicas, principalmente. Sempre
durante a temporada de verão e nunca depois, como vem acontecendo.
É
claro que há sempre os argumentos de que não há uma efetiva representatividade
no COMEC, que os evangélicos se dividem politicamente, etc., etc., etc., mas
qual é a Instituição do município que está fortalecida? Quem, de fato, pode
dizer que está organizado na cidade, tendo em vista que o diálogo e a
participação não são estimulados pelo modelo de governo que temos? Isso tudo
tem forte relação com os problemas sociais que vivemos, cuja justificativa rasa
e sem nexo por parte de alguns, é sempre repetir o mantra “no Brasil todo é
assim”.
A
notícia de que há possibilidade de que o evento evangélico Verão Jesus na Barra
poderá ser suprimido ou substituído por um evento com outras características,
não soou bem aos ouvidos de alguns pastores que consultei, e se isto acontecer,
teremos algumas batalhas pela frente, afinal, o calendário de eventos do
município, embora apreciado pelo Conselho Municipal de Turismo (que é
consultivo), é matéria a ser aprovada pela Câmara de Vereadores e não vai
faltar pessoas ligadas ao setor evangélico, insatisfeitas com mudanças que
retirem um direito adquirido com luta, desgaste e muita insistência ao longo de
13 anos. Espero que seja apenas um equívoco e que o governo recue dessa
eventual proposta. Vamos aguardar!
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