domingo, 22 de setembro de 2013

Verão Jesus na Barra, um direito adquirido

Ainda não é uma realidade mas as possibilidades sempre existem, quando lembramos que muitas Leis em Conceição da Barra não são cumpridas ou, são mudadas, com a força do Poder Executivo que a quase 5 anos comanda tudo, tendo sido reeleito no ano passado.

Só para exemplificar o que digo, os diretores das escolas municipais não são mais escolhidos numa lista tríplice, como foi no passado, e o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos também não tem mais o voto direto dos partícipes como mecanismo de escolha para sua Diretoria, mas a nomeação. Algo lamentável, do ponto de vista de quem defende decisões democráticas, mas aceitável para quem não acredita ou não tem o devido conhecimento sobre o tema DEMOCRACIA. Aliás, se pudesse, o prefeito também nomearia os vereadores.

Pois bem, após este longo preâmbulo, volto ao assunto que me levou, mais uma vez, a fazer um registro neste meu blog que para mim, é a melhor maneira de desabafar minhas frustrações e também manifestar alegrias em relação às experiências na cidade que nasci e também escolhi para viver e criar meus filhos.

Recordo-me que Conceição da Barra, a partir do ano de 2001, passou a observar o segmento evangélico de forma especial e através de ações do poder público, proporcionou-lhe visibilidade com a realização de eventos em parceria com a Instituição que os representa, o COMEC (Conselho de Oficiais e Ministros Evangélicos), também concebido nesta mesma época. Um desses eventos, talvez o de maior importância, veio ao longo das sucessivas administrações, perdendo seu brilho, face o desinteresse ou, o pouco interesse, por parte dos gestores públicos em garantir esse direito. O evento que no início acontecia antes do carnaval, lotava a chamada “Praça do Juiz” com turistas e moradores da cidade e região, que vinham participar de uma festa sem a marca da violência e das inconveniências das festas regadas a bebidas alcoólicas, principalmente. Sempre durante a temporada de verão e nunca depois, como vem acontecendo.

É claro que há sempre os argumentos de que não há uma efetiva representatividade no COMEC, que os evangélicos se dividem politicamente, etc., etc., etc., mas qual é a Instituição do município que está fortalecida? Quem, de fato, pode dizer que está organizado na cidade, tendo em vista que o diálogo e a participação não são estimulados pelo modelo de governo que temos? Isso tudo tem forte relação com os problemas sociais que vivemos, cuja justificativa rasa e sem nexo por parte de alguns, é sempre repetir o mantra “no Brasil todo é assim”.


A notícia de que há possibilidade de que o evento evangélico Verão Jesus na Barra poderá ser suprimido ou substituído por um evento com outras características, não soou bem aos ouvidos de alguns pastores que consultei, e se isto acontecer, teremos algumas batalhas pela frente, afinal, o calendário de eventos do município, embora apreciado pelo Conselho Municipal de Turismo (que é consultivo), é matéria a ser aprovada pela Câmara de Vereadores e não vai faltar pessoas ligadas ao setor evangélico, insatisfeitas com mudanças que retirem um direito adquirido com luta, desgaste e muita insistência ao longo de 13 anos. Espero que seja apenas um equívoco e que o governo recue dessa eventual proposta. Vamos aguardar!

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