Na política (pelo menos como ela deveria ser) o mais importante é a missão e como em toda missão, cumpre-se e parte-se para uma outra. Não cabe, ao meu ver, a eternização no poder. A rotatividade deve ser praticada.
Por mais que o argumento seja forte, aquele que prescinde que o time que está vencendo não precisa mudar, na política, diferente dos esportes, o que está em jogo não é só vencer, mas fazer com que todos os cidadãos que querem contribuir, sintam-se motivados para essa participação.
Quem daria crédito a um processo no qual o vencedor já está determinado? Qual é o cidadão que tenha realmente vontade de servir, através de um mandato político, vai se submeter sabendo que a carta já é marcada?
Sempre digo que a política, caso fosse uma modalidade esportiva, estaria mais assemelhada com as modalidades em equipe, aquela em que o mérito é de todos e não um indivíduo especificamente. É uma corrida de bastão e não os cem metros rasos. Se não for assim, não é democrático.
Outro problema que também considero desfavorável em relação a este tema, é o mandato de pai para filho, ainda que essa "paternidade", não seja no sentido literal.
A quem estamos escolhendo para nos representar politicamente? O que defende uma ideia, uma corrente de pensamento sobre como deve ser conduzida uma cidade, ou a substituição de uma pessoa por outra?
Sinceramente, não acho produtivo. Embora saiba que este ponto de vista vai incomodar, não se pode deixar de falar sobre o tema. Tudo que incomoda, provoca mudanças!
Nessas eleições reflita sobre as questões que realmente importam e observem quem de fato entendeu o seu papel ou se é apenas mais alguém que viu na política, um bom emprego e por isto quer continuar.
Como dizem por aí, fica a dica!
Carlos Quartezani