O ano era 2012 e eu me apresentava como candidato a Vereador pela primeira vez. Após 10 anos atuando, ora no Executivo, ora no Legislativo, e compondo diversos Conselhos Municipais, nos quais participava efetivamente dos debates sociais, decidi me colocar à disposição numa eleição municipal.
Foi uma experiência bacana, interessante e que me ensinou muito sobre a política. Embora não tenha conquistado o cargo pretendido, assimilei conceitos que são fundamentais na vida em sociedade.
Em política, nem sempre não vencer, significa que você perdeu. É um paradoxo, eu sei, mas se você fizer um esforço compreenderá exatamente o que quero dizer.
Mas o que quero destacar aqui neste texto, é a respeito do chamado voto útil, aquele voto que embora não contemple a pessoa que você gostaria de ver no poder, mas que pode trazer resultados mais efetivos. Votar em quem efetivamente pode ganhar.
Na época referida, em 2012, além de eu estar envolvido em diversas atividades, no ambiente político, ainda era membro de uma igreja evangélica. Fazer parte de uma denominação religiosa, além de proporcionar um conforto espiritual, também lhe permite interagir com um grupo específico, o que pode também ser um fator positivo numa eleição.
No entanto, naquela oportunidade havia um outro candidato a Vereador, pertencente a mesma denominação religiosa que eu e que pleiteava o mesmo cargo. Um direito legítimo, tal qual o meu, mas com uma diferença: O registro de candidatura dele foi indeferido pela Justiça Eleitoral.
Essa condição, ou seja, o registro de candidatura indeferido, provoca a possibilidade dos votos não serem computados na Urna Eletrônica. O voto neste candidato, poderá ser inútil, a menos que consiga em instâncias judiciais superiores, reverter a situação. Raro, mas não impossível.
No caso específico, os votos dados ao então candidato não foram validados e assim como eu, mas por razões distintas, não conseguiu sua eleição.
Achei oportuno falar sobre este assunto hoje, porque esta não foi a primeira e nem será última vez que as pessoas não abrirão mão de uma candidatura, mesmo sabendo que poderão ganhar e não levar.
Carlos Quartezani
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