domingo, 8 de maio de 2022

A violência explode

O índice de violência tem aumentado no país e o grande paradoxo é que as facilidades para se obter uma arma de fogo, coincidem com este avanço da criminalidade. 

Em matérias jornalísticas já surgem casos de bandidos dominando bairros com grande presença de pessoas ricas. Os que são mais ricos já optam por viver em países como a Suíça. Um dos brasileiros mais ricos do mundo, por exemplo, Jorge Paulo Leman, vive lá e alguns dos diretores da sua empresa, a AmBev, também.

Por que estou escrevendo sobre isto? Porque quando a extrema direita defende o princípio de que o cidadão precisa andar armado e assim, reduzir a criminalidade - já que neste raciocínio o bandido "pensaria duas vezes antes de agir" - não condiz com a realidade. Estar armado não garante sua segurança e nem evita que o bandido, que nada tem a perder, possa não praticar o delito.

Não fiz pesquisas ou consultei alguma para chegar a esta conclusão. Está muito claro que a ideia de que para ter segurança é preciso ter sua própria arma, remonta um passado inclusive inspirado nos filmes de Bang Bang, no Velho Oeste estadunidense que tanto sucesso fez nos cinemas. 

A realidade, todavia, não é nada glamourosa e o que estamos vendo, são pessoas morrendo, fruto desse pensamento insano que é propor violência para combater a violência.

Eu espero que o meu país tenha, no futuro, um governo que acredite na inteligência associada à sabedoria e assim caminhemos para frente, desenvolvendo ideias que despertem a importância de viver em harmonia, cuidando para que a violência não contamine a todos, inclusive o próprio Estado brasileiro e assim possamos impedir a barbárie, que a julgar pelas notícias de jornais todos os dias, já se faz presente.

Parafraseando o poeta "a paz precisa invadir nossos corações e nos encher de paz, como se o vento de um tufão, arrancasse os nossos pés do chão."

São Mateus-ES, 08/05/2022


Carlos Quartezani

Jornalista e Microempreendedor

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